terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Fora de série

Nathália Linhares

“Porém da casa de Judá me compadecerei e os salvarei pelo Senhor, seu Deus, pois não os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros.” Oséias 1:7

Mesmo depois de experimentar o cuidado e o milagre de Deus por diversas vezes, ao longo de sua história, o povo judeu acabou em idolatria. Na tentativa de fazê-lo cair em si e abandonar aquele pecado, Deus enviou profetas que o advertiu sobre seus maus caminhos, e sobre o desterro na Babilônia, que seria o castigo que o povo receberia, caso não desse ouvidos ao Senhor. 

Sempre que Deus mandava ao povo Seu recado sobre as consequências do erro, enviava a ele, também, mensagens de redenção, nas quais mencionava que traria os judeus de volta do cativeiro. Numa dessas mensagens de redenção, Deus disse aos judeus que os tiraria da Babilônia sem o uso de arco, espada, guerra, cavalos e cavaleiros.

Em circunstâncias normais, naquela época a libertação de um povo certamente se daria por meio de muita luta, e deixaria mortos e feridos pelo caminho. Deus, porém, garantiu que a libertação dos judeus da Babilônia não se daria dentro dos padrões da normalidade.

Vivemos num mundo em que existem soluções convencionais para problemas padronizados. Quando as dificuldades atingem um nível que extrapola as soluções humanamente possíveis, nós nos vemos num beco sem saída. Nesse ponto, somos apenas incentivados pelos outros, ou levados por nossos próprios pensamentos, a conviver com o problema. Assim, a enfermidade que a medicina não pode curar, o desemprego que o mercado de trabalho não pode absorver por qualquer razão, a dificuldade financeira que não pode ser vencida com o salário mínimo, e todas as circunstâncias extremas para as quais nós, na nossa limitação, não encontramos solução, são apenas o final trágico de uma história de derrotas, com o qual temos que nos familiarizar. 

Mas nós nos esquecemos de que, para Deus, não há impossíveis e, por isso mesmo, nem sempre Ele usa meios convencionais para resolver nossos problemas. Existem os momentos em que Deus envia o alimento por meio dos corvos, como fez com Elias, e os momentos em que Ele faz brotar água da rocha e cair do céu a comida, como fez com Israel, no deserto; existem os momentos em que Ele faz a mula falar, como fez com Balaão, e outros momentos em que faz o mar se abrir, para o povo atravessar de pés enxutos, como fez com os judeus, ao tirá-los do Egito. Soluções nada comuns, em situações nas quais o comum realmente não bastaria como solução.

A capacidade humana tem limitações. Mas Deus pode operar muito acima da capacidade humana. Os problemas que não podemos resolver com nossos talentos, nosso conhecimento e nossa destreza, não são, de fato, insolúveis em Deus. 
Cumpridos os setenta anos de exílio, Deus trouxe de volta à sua terra o Seu povo. Ele, realmente, não operou o resgate por meio de arco, espada, guerra, cavalos e cavaleiros, que era o método tradicional, na época. O que Ele fez foi levantar um rei pagão, incrédulo e idólatra, para editar um decreto que permitia aos judeus sair da Babilônia e voltar ao seu território, para reconstruir o templo do Senhor (Esdras 1). Não houve nenhuma resistência à saída dos judeus das terras do inimigo, porque o próprio inimigo foi usado para prover a liberdade ao povo do Senhor. O que de comum teve essa solução? Nada. Foi só alguma coisa impossível que Deus sempre pode repetir, em nosso favor.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/fora-de-serie

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Transição

                                 Imagem: JPL-Caltech/Space Science NASA

Por Pedro João Costa

Ao sentir-se perdido,
Selecione a humildade.
Ovelha perdida é mais inofensiva
E dependente.

Pastor especialista alcança
E salva sua ovelha perdida.
Devemos ter coragem
E até alegria
Quando perdidos,
Pois é apenas uma transição.

Este único Pastor cuida
E nada
Nem ninguém
Pode arrebatar Suas ovelhas.
Ele as identifica,
Por nome.

E, o Pai,
Tem propósito
...e haverá
Um só rebanho,
E um só PASTOR.

Pedro João Costa (21-02-14): Colaborador deste blog desde 2010.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Quando Deus não é Suficiente










“Fizeste-nos para ti, Senhor, e o nosso coração permanece inquieto enquanto não encontra repouso em ti” (Agostinho, Confissões).
“Há um vazio no coração do homem do tamanho de Deus que não pode ser preenchido por qualquer coisa criada, mas somente por Deus, o Criador, conhecido através de Jesus” (Blaise Pascal, Pensées).
Somos cristãos em um processo de aperfeiçoamento, em uma caminhada de perseverança e busca de santidade. Porém, muitas vezes nós nos deixamos enganar, buscando prazer em outras coisas e não em Deus. Até mesmo a nossa forma de cultuar a Deus pode sofrer distorções porque, no fundo, nosso coração começou a acreditar que Deus não era o suficiente, e que precisamos de algo mais:
No início de Ezequiel 14, podemos escutar a conversa fascinante que ocorreu entre o profeta e Deus. Eis o contexto: Ao invés de apresentar e contar a história de redenção de Deus às nações, Israel havia sido gradualmente atraída para a adoração dos deuses das nações vizinhas.
O impulso de Israel à idolatria não aconteceu porque o povo ficou entediado com a liturgia de seu templo, encantado com a música das bandas de adoração nos templos pagãos, ou impressionado com a oratória do novo profeta cananeu que tinha acabado de se mudar para o bairro. Ninguém em Israel saiu em busca de um novo culto de adoração, mas de novos deuses que os servissem. O centro de sua adoração mudou de Deus para si mesmos. Eles começaram a adorar a adoração mais do que adoravam a Deus—isto é, o seu relacionamento com Deus se tornou utilitário ao invés de doxológico.
Quando a glória do único Deus vivo deixa de ser a nossa principal paixão na vida, a adoração se torna um veículo pragmático para realização de duas missões na vida: provisão e proteção. Ao invés de viver para a glória de Deus e buscá-lo para suprir nossas necessidades, passamos a existir para a nossa glória e a buscar deuses que satisfarão nossas exigências.

Rev. Scotty Smith é o pastor fundador da Christ Community Church em Franklin, Tennessee, e é autor de Everyday Prayers: 365 Days to a Gospel-Centered Faith.
Por Scotty Smith. Extraído do site www.ligonier.org. © 2013 Ligonier Ministries. Original: When God is Not Enough
Este artigo faz parte da edição de Abril de 2013 da revista Tabletalk.
Tradução: Isabela Siqueira. Revisão: Renata do Espírito Santo – © Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: www.MinisterioFiel.com.br. Original: Quando Deus não é Suficiente

Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/02/quando-deus-nao-e-suficiente/

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Violência, por falta de violência

Por    Leonel Elizeu Valer Dos Santos

“… O seu pão comerão com receio, e a sua água beberão com susto, … por causa da violência de todos os que nela habitam.” Ez 12; 19

Interessante parceria encontramos aqui; violência e medo. Claro que, por violência não devemos entender apenas violações físicas, antes, toda sorte de violação. Aliás, foi imediatamente após a violação de um mandamento Divino que surgiu pela primeira vez o medo no seio da humanidade. “…Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me” Gên 3; 10.

Todavia, a Bíblia não preceitua o pacifismo como remédio; ainda que a busca da paz seja ensinada em vários textos, o antídoto ao medo é o amor. Como assim? “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor.” I Jo 4; 8 Esse temor que acena com penalidade é um sinal vermelho no painel da consciência alertando que algum tipo de violência se cometeu. Afinal, diverso da abordagem vulgar onde amor é algo que “se faz”, a definição Bíblica abarca comprometimento espiritual; voluntária decisão moral. “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” Jo 14; 15 Onde isso é cumprido não há o que temer; amor gera devoção, obediência; obediência dá azo ao repouso da consciência.

O mais sábios dos homens, Salomão, também associou o medo à impiedade, e a confiança, à justiça; “Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Pv 28; 1 Diz mais; quando a violência resulta na morte de alguém, tal será fugitivo da consciência durante todos os seus dias. “O homem carregado do sangue de qualquer pessoa fugirá até à cova; ninguém o detenha.” Pv 28; 17

Então, se é certo que violência gera violência, na perspectiva Divina é medida profiláctica; isto é, para tentar reeducar ao violento eventual, prevenindo a reincidência; “O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo.” Prov 19; 19 Por isso existem prisões, multas, juros, e toda sorte de reparos visando coibir violações de direitos.

Assim, a violência não é um mal em si, mas, uma triste necessidade medicinal, dada a enfermidade da alma humana. Sempre uma reação social contra alguém desajustado aos pactos coletivos.

Entretanto a violência grassa nas ruas do país, incólume ante uma geração de autoridades frágeis, vítimas de outra violência mais perniciosa; a verbal. Deturpam o sentido das palavras; fazem a ditadura das minorias, sacra, e qualquer reação social uma imposição violenta do Estado. A baderna seria “beatificada” pela causa; a reação da sociedade organizada, excomungada pela lei implícita que é proibido reprimir, reagir.

Querem esses magos “reformadores” sociais o perfeito equilíbrio com um pé na terra firme outro na areia movediça; digo, possuir todos os direitos e nenhum dever. Natural que a sociedade claudique como se andasse com um pé na rua outro no meio fio.

A Santa Paciência de Deus cansou uma vez já, precisamente pelo excesso de violência que havia; “Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.” Gên 6; 13 O Juízo Divino foi extremamente violento e cabal; mas, isso soa como “conto do vigário” aos ouvidos de muitos; nada aprendem com o exemplo pretérito.

Malaquias, o profeta, vaticinou tais dias nos quais, o homem sentiria vergonha de ser honesto, como disse Ruy Barbosa. “…Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos;… ” Mal 3; 14 e 15 Adiante, o mesmo Senhor acena com “outra vez”, a necessidade de juízo violento: “…vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.” V 18

Essa onda libertino-progressista não é um “remake” de Deus, antes, o vergonhoso corolário da falência moral da humanidade. O Criador continua no mesmo lugar, bem como Sua Santa Palavra. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” Is 5; 20

O Eterno sabe que a permanência indefinida da maldade acaba minando a boa índole; por isso, em tempo, Ele vai agir. “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.” Sal 125; 3


Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/violencia-por-falta-de-violencia

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Por que Jesus Falou por Parábolas? - R. C. Sproul


“Os discípulos aproximaram-se dele e perguntaram: ‘Por que falas ao povo por parábolas?’ Ele respondeu: ‘A vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. A quem tem será dado, e este terá em grande quantidade. De quem não tem, até o que tem lhe será tirado. Por essa razão eu lhes falo por parábolas: ‘Porque vendo, eles não vêem e, ouvindo, não ouvem nem entendem’.’ ” (Mateus 13:10-13)

O que Cristo quis dizer com essa afirmação? Assista ao vídeo de R. C. Sproul:


DVD_Do_Po_a_Gloria_detQuer você leia a Bíblia há anos ou esteja pouco familiarizado com o seu conteúdo, esta série panorâmica de R C Sproul irá ajudá-lo a ver o desenvolvimento geral do plano de salvação de Deus, do pó do Éden à glória da vida ressurreta no novo céu e na nova terra. Concentrando-se nos personagens, temas e eventos centrais da Escritura, Dr Sproul demonstra como o entendimento de tais tópicos pode vivificar a sua leitura bíblica.

Vídeo retirado do DVD “Do Pó à Glória“, de R. C. Sproul. © Ministério Fiel. Website: www.voltemosaoevangelho.com; Original: Por que Jesus Falou por Parábolas? – R. C. Sproul