sábado, 26 de setembro de 2015

Mente sem recursos!!!


Nada há tão desesperador no mundo como a bancarrota da perspectiva não-cristã da vida. Charles Darwin no fim da vida confessou que o resultado de haver concentrado sua atenção em um único aspecto da vida foi que perdeu a capacidade de apreciar a poesia e a música, e, em grande medida, perdeu até a capacidade de apreciar a natureza. Pobre Darwin. . . O fim de H. G. Wells foi bem parecido. Ele, que havia dado tanto valor à mente e ao entendimento humano, e que havia ridicularizado o cristianismo com suas doutrinas do pecado e da salvação, no final da vida confessou-se frustrado e confuso.

O próprio título de seu último livro — Mind at the End of iís Tether (Mente Sem Mais Recursos) — dá eloqüente testemunho em prol do ensino bíblico sobre a tragédia que caracteriza o fim dos ímpios. Ou considere a frase da autobiografia de um racionalista como o dr. Marret, que foi diretor de uma faculdade, em Oxford... «Para mim, porém, a guerra pôs repentino fim ao longo verão de minha vida. Daí em diante, não tenho mais nada para ver pela frente senão o frio outono e o inverno mais frio ainda, e, contudo, devo esforçar-me de algum modo para não perder o ânimo».

A morte dos ímpios é coisa terrível. Leia as biografias deles. Passam os seus dias de esplendor. Não têm diante de si nenhuma expectativa bem-aventurada, e, à semelhança do que ocorreu ao falecido Lord Simon, procuram alento revivendo seus idos sucessos e triunfos.

No Livro de Provérbios lemos que «o caminho dos perversos é como a escuridão». «Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito» (Provérbios 4.19,18). Que glória! . . .ouça então ao apóstolo "Paulo (2 Timóteo 4.6-8).

Uma das mais soberbas apologias feitas por João Wesley, dos seus primeiros metodistas, era esta: «Nossa gente morre bem» ... A Bíblia, em toda parte, nos exorta a que ponderemos sobre o nosso «derradeiro fim» . . . Renda-se a Cristo e confie nEle e no Seu poder. . . E o fim será glorioso.

Faith on Trial, p. 51-3 - Martyn Lloyd-Jones


Fonte: http://www.josemarbessa.com/2015/09/mente-sem-recursos.html

sábado, 19 de setembro de 2015

Vencendo a covardia


Por Jefferson Martins


VENCENDO A COVARDIA - Josué 14:6-15

“Os meus irmãos israelitas que foram comigo fizeram o povo desanimar-se de medo. Eu, porém, fui inteiramente fiel ao SENHOR, o meu Deus” (Josué 14:8)

Logo no início do êxodo do povo hebreu, Moisés envia espias às terras de Canaã (Nm 13 e 14). Tratava-se de um grupo de 12 homens provenientes das 12 tribos de Israel. A intenção de Moisés era que eles fizessem um levantamento da situação da terra a qual iriam possuir. Ao voltarem, eles deram um relatório pessimista e incrédulo a respeito de algo do qual o Senhor já havia decretado. Calebe e Josué ainda tentaram convencer o povo a lutar pela posse da terra, mas eles ficaram tomados de medo e incredulidade. Deus não volta atrás em seus decretos, porém, a atitude de covardia deles resultou na ira de Deus, que retardou a sua promessa em 40 anos e a transferiu para os filhos deles. Daquele povo, apenas Josué e Calebe entrariam na terra prometida. Depois de passarem 40 anos no deserto, finalmente, Josué conduziu o povo do Senhor para Canaã. Então, Calebe vai até Josué e pede sua herança: possuir Hebrom.

A vida está cheia de pessimismo. Os relatórios da mídia não são os melhores e os jornais e as TVs, trazem notícias que nos desanimam a alma. Há muito negativismo nas pessoas. Vemos jovens desanimados em estudar por que acham que não terão emprego. Pessoas se matando por que acham que não tem mais solução para os seus problemas. Cada dia, mais pessoas abrem mãos de seus sonhos, seus ideais, seus ministérios, suas famílias, de si mesmas, porque diariamente recebem mensagens negativas em relação às suas vidas.

Quando o negativismo tomou conta de todos, Calebe falou positivamente. Calebe se confessa rejuvenescido pelas promessas de Deus (v.11,12). Fora tal promessa que mantivera sua força e combatividade durante todos esses anos (Dt. 1:35-36).

“Agora pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia”. Durante 45 anos Calebe lutara pensando no monte. Toda a sua vida teve um alvo muito claro. Ele se envolvera em muitas campanhas, porém sua mente nunca perdera o objetivo específico do monte do qual o Senhor um dia lhe falara (Nm. 14:22-24).

Mesmo que os relatórios que a vida lhe apresente sejam negativos, não desista e enfrente o Espírito de Covardia – “O Senhor é conosco”. A vida é difícil, e muitas vezes ficamos inibidos pelas dificuldades e lutas diárias. A covardia promove acomodações. Não se acomode, tenha coragem, pois foi por coragem que Josué e Calebe herdaram a promessa (Js. 1:7-9).
A vida de Calebe deve injetar em nós disposição e perseverança. Enfrentado o espírito de covardia que promove rendição desde antes da luta começar. Calebe não teve medo de gigantes, nem de montanhas, porque ele sabia que o Senhor o ajudaria a conquistá-los. Calebe sonhou com a promessa. A minha esperança é que você encontre sua “Montanha”, a referência do seu sonho é a terra prometida.


Jefferson Martins
Pastor da Igreja Evangélica de Peruíbe

sábado, 12 de setembro de 2015

EU PREFIRO SER ESSA METAMORFOSE AMBULANTE

Por João Marcos Bezerra


E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. (Mateus 17:2 NVI)

Em Mateus 17.1-8 lemos o momento em que Jesus se transfigura diante de Pedro, Tiago e João num monte. Além desses quatro personagens também aparece no alto monte Moisés e Elias. Você já parou para pensar o que este texto significa e o que ele quer ensinar a nós? Não será o foco deste estudo tratar exclusivamente do texto, mas, sim, tratar de um elemento importante desta cena, relacionando a Romanos 12.2.
Antes disso, vamos destacar que,seis dias anteriores a transfiguração no monte, os discípulos, principalmente Pedro, haviam reconhecido que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16) e a partir daí o Mestre começou a explicar tudo o que iria acontecer a Ele (v.21) nos dias que viriam. Outro destaque importante é que o aparecimento de Moisés e Elias no monte também serviu para mostrar aos discípulos que a Lei (Moisés) e os Profetas (Elias) confirmavam que Jesus era o Messias; e, que a aparência de Cristo foi mudada e resplandecia com brilho divino, mostrando que Ele era não só o enviado de Deus, mas o próprio Deus. Então, a mensagem essencial do texto é que Jesus era divino e veio para cumprir o Plano de Salvação, conforme a Lei e os Profetas haviam anunciado.


Em 2Coríntios 11.13-15 o apóstolo Paulo apresenta um outro tipo de transformação quando expõe os falsos apóstolos. Estes não tinham parte no ministério apostólico, pelo contrário, eram servos de Satanás. O termo grego empregado neste texto é metaschematizo, diferente de metamorpho, e é definido como ‘mudar a figura de’, ou seja, estes falsos alteravam sua aparência para esconder quem eles eram no seu interior, qual era a verdadeira intenção deles. Assim como Satanás se transforma em anjo de luz, mas o que é na verdade é “anjo das trevas”.
Para resumir esta explanação, Jesus quando foi transfigurado no monte mostrou quem realmente era, Deus. Enquanto que Satanás e seus discípulos mudam a forma deles para esconder quem realmente são. Toda essa comparação nos ajudará a entender o que realmente Romanos 12.2 quer dizer: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente”. Neste versículo encontramos as duas expressões.
Primeiro Paulo escreve “não se amoldem ao padrão deste mundo”, que significa que “os crentes não devem alterar sua expressão externa para uma expressão fingida que não está de conformidade com seu novo ser regenerado” (WUEST). Satanás e os falsos apóstolos colocam uma máscara para esconder seu verdadeiro eu e, em muitas vezes, os crentes querem usar esta peça para acobertar a sua conversão. A nova vida em Cristo não é demonstrada.
Infelizmente, os crentes preferem viver como carnais – na imoralidade sexual, na indecência, nos maus desejos, na avareza, na idolatria, na ira, na malícia, no ódio e com vocabulário indecente e mentiras (Cl 3.5-8), do que no Espírito. Preferem se revestir um pouco destas coisas carnais para não parecerem muito diferentes do mundo. Este não deve ser o comportamento de uma nova criatura em Jesus (2Co 5.17).
Por isso, devemos retirar a carcaça do velho homem e deixar que o Espírito Santo que habita em nós a partir da conversão transborde a glória de Deus em nosso interior de forma que a nossa aparência mostre diferença. Isto é o que significa “transformem-se pela renovação da sua mente” na segunda parte de Romanos 12.2 e está relacionada a transfiguração de Cristo no monte perante os seus discípulos.
Então, qual é a transformação que sofremos? É aquela onde disfarçamos quem somos para poder se adaptar ao grupo a qual pertencemos, para ser aceito pelos amigos e colegas? Ou a metamorfose que expressa que Jesus habita em nossas vidas e temos algo diferente e melhor a oferecer ao mundo? Lembre-se que é a completa mudança para melhor causada pelo novo nascimento que nos faz expressar algo diferente do mundo. Se não mostramos nada diferente, é porque estamos mascarando o novo homem ou não houve conversão. Qual é a alternativa que você está inserido? As pessoas percebem Cristo na sua vida? Se não, você precisa tomar a decisão de mudança hoje para poder experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. 

Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante para mostrar Cristo em minha vida e fazer diferença no mundo. E você?!


Fonte: http://jmarcosbezerra.blogspot.com.br/2015/09/eu-prefiro-ser-essa-metamorfose.html

domingo, 6 de setembro de 2015

Castelo de cartas


Por Leonel Elizeu Valer Dos Santos


Castelo de cartas
“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, quanto para convencer aos contradizentes.” Tt 1; 9

Escrevendo a Tito Paulo enumerou algumas qualidades desejáveis dos futuros presbíteros, e, em dado momento chegou ao preceito supra. “Retendo firme a fiel palavra...”

Firmeza, eis uma qualidade nem sempre presente nas almas humanas. Grosso modo, a maioria é volúvel, volátil, fugidia ao sabor das circunstâncias. Não por acaso, uma das qualidades do cidadão dos céus é constância, mesmo às circunstâncias adversas. “... aquele que jura com dano seu, contudo, não muda...” Sal 15; 4

O Eterno queixa-se contra Judá e Efraim, que, em certos momentos juravam amor, mas, ante a menor contrariedade esqueciam. Usa uma bela figura poética; diz: “Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vossa benignidade é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa.” Os 6; 4 Sim, o orvalho se desfaz aos primeiros raios do sol; de igual modo, declarações de fé superficiais aos primeiros ventos de contrariedades.

Se é vero que o surgimento de João Batista causou frisson em Israel, dado o deserto profético de 400 anos onde surgiu, também o é que, passada a empolgação inicial, muitos começaram a duvidar de seu testemunho.

Não houve mudança nele, tampouco, em sua mensagem; antes, expectativas humanas errôneas não se cumpriram, enquanto, as Divinas estavam em pleno curso. Jesus se ocupou de reiterar a firmeza espiritual do maior dos profetas. “ partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas, a respeito de João: Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?... Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas, aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” Mat 11; 7 e 11

A mesma figura do “mutante” espiritual ser um agitado pelo vento é usada por Paulo quando escreve aos cristãos de Éfeso. Depois de alistar dons ministeriais, e preceituar a necessária edificação expõe o motivo: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” F 4; 13 e 14

A consequência da firmeza receitada não é nada desprezível, pois, disse: “para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer contradizentes.” Firmeza na verdade conduzindo ao poder.

A ideia vulgar de poder, entretanto, não é essa. No prisma espiritual muitos associam à operação de sinais; no secular, galgar níveis de autoridade. Mas, o foco aqui é poder na dimensão espiritual. Nessa peleja, todos os projéteis da mentira fracassam ante a blindagem da verdade.

Embora a verdade às vezes nos constranja, envergonhe, é a arma favorita do Todo Poderoso, que a fez poderosa também: “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13; 8

A eficácia da mentira é biodegradável; seu prazo de decomposição se altera ao alvitre de algumas variáveis, mas, amiúde, sempre apodrece; as que o PT vem contando à nação a treze anos, por exemplo, perderam totalmente sua capacidade de seduzir; os fatos, a verdade, trituram as falácias como o moinho faz com o trigo.

Assim, embora o engano, a mentira até logrem certo poder, vale apenas no reino das aparências; dizem que a mentira tem pernas curtas, embora, suspeito que sequer pernas tem; antes, é levada por seus seguidores no opaco andor das paixões cantando o hino das perversas conveniências.

Mas, voltando à verdade, ela é útil para admoestar segundo a doutrina, antes de convencer aos contradizentes. Ou seja: Exerce internamente seu poder na purificação do rebanho pra depois explorar limites externos buscando crescer. Pureza primeiro, após, grandeza; qualidade antes que quantidade.

Pois, convencer a outrem é fácil, basta ludibriar suas defesas com o invólucro de argumentos persuasivos; contudo, convencer a si mesmo de modo a silenciar aos reclames da consciência, apenas a verdade consegue. E fugir disso equivale ao naufrágio espiritual. “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tm 1; 19

É possível cauterizar à consciência por não querer ouvir; uma espécie de suicídio espiritual. Contudo, sua voz sempre denunciará nossos erros, bem como, fará patente a Justiça de Deus.

Enfim, quem teme ao convívio com a verdade, mesmo que domine um império, apenas galga alturas imensas que farão mais dura a queda, quando ruir seu castelo de cartas...


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Que mensagem endurece o coração?


Por Josemar Bessa


A “sabedoria” humana sempre está em oposição a Verdade de Deus. Se tornou comum mensagens que nunca confrontam o pecado. Muitas pessoas acreditam que confrontar o pecado ofende as pessoas e que não produz o resultado esperado, mas gera antipatia e endurecimento.

É óbvio que precisamos pensar que tipo de resultado é esperado, ou seja, se ele tem alguma conexão com os propósitos de Deus.

O ensino bíblico vai no sentido oposto a essa “sabedoria” mundana que diz que devemos ser “positivos”, estimulantes... e não confrontar o pecado. O que endurece as pessoas, a confrontação ao pecado ou o pecado?

Exortações destinam-se exatamente em levantar e estimular o povo de Deus (que de fato seja povo de Deus) em sua resistência ao pecado. “Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado” - Hebreus 3:13.

A ideia de que a confrontação ao pecado endurece as pessoas flui de uma mente ímpia. Porque segundo o ensino bíblico o homem deve ser confrontado e exortado exatamente para não ser endurecido pelo engano do pecado. Aí está a fonte do endurecimento – O engano do pecado!!!

No ensino bíblico vemos que o pecado endurece e a exortação amolece. Na estupidez do homem natural ele inverte a situação. Culpamos a exortação e confrontação ao pecado pelo endurecimento das pessoas, então banimos essa confrontação. O resultado disso, é que o homem é endurecido pelo pecado, perde a sensibilidade e fica entregue aos resultados eternos desse endurecimento.

O pecado endurece e a exortação é determinada por Deus para parar o processo de endurecimento. A ideia de que a pregação deve se concentrar em ser motivacional, focada em auto-ajuda, “positiva”... flui da “sabedoria” humana caída e não de Deus. Richard Baxter dizia: “Você apenas finge amar o seu povo se como pastor você não confronta os seus pecados”.

Quando você vai à igreja e ouve coisas desagradáveis sobre você e sobre os motivos do seu coração, é tentador dizer que a mensagem é dura e insensível... não é difícil inventar razões para não ouvir uma exortação, mas isso, é ser instruído pelo pecado que endurece o coração.

A verdade é que a Exortação amolece e o pecado endurece, e não o contrário. O pecado é um câncer. O pecado apodrece a alma. O pecado gosta de se esconder nas fendas. O pecado não gosta de ser descoberto e exposto. O pecado gosta de culpar as outras pessoas. O pecado que fazer crer que o que endurece o coração não é ele, e sim a exortação. O pecado é hipócrita. O pecado não se importa de estar na igreja, desde que possa estar em paz e não ser incomodado.

O pecado não é seu amigo. Seu amigo é a exortação!

“Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado” - Hebreus 3:13