segunda-feira, 31 de julho de 2017

Sete maneiras de se deleitar em Deus que nos beneficiam.


Por Josemar Bessa


Em “A Christian Directory”, página 140, Richard Baxter (1615-1691) lista sete benefícios de olhar pela fé para o Senhor, como a nada mais, como nosso prazer mais profundo:


1. Se deleitar e se deliciar em Deus é a única coisa que provará que o conhecemos e o amamos e que estamos preparados para o seu reino, pois todos e só os que se deleitam nEle agora, o apreciarão por toda eternidade.


2. A prosperidade, isto é, a pequena adição de coisas terrenas, não nos corromperá, afastará ou afetará se realmente nos deleitamos e deliciamos em Deus somente.


3. A adversidade, isto é, a retenção de delícias terrenas, não nos afligirá demais ou expulsará o consolo todo suficiente e onipotente em nossas aflições por mais terríveis que sejam, se nos deleitamos em Deus realmente.


4. Receberemos grandes lucros de um sermão ou livro ou conversa se nos deleitamos em Deus realmente, mas os que não se deleitam nele assim, as muitas oportunidades, sermões, livros... se mostrarão inúteis no fim.


5. Todo o nosso serviço será doce para nós e aceitável para Deus; Se nos deleitarmos somente nEle, Ele certamente se deleita em nós por Jesus Cristo.


6. Teremos uma festa contínua dentro de nós – nas profundezas da alma, para adoçar todas as cruzes, aflições e angústias de nossas vidas e para nos proporcionar alegria maior que a maior tristeza que este mundo triste e caído possa produzir se nosso deleite realmente está somente em Deus.


7. Quando nos deleitamos em Deus realmente, nossos prazeres na criação serão santificados para nós e justificados, estando sempre em seu devido lugar, já nos que não se deleitam e deliciam em Seus esses prazeres se tornam idólatras e corruptos.


Não há nada em Deus que precisamos filtrar, achar insuficiente ou nos preocupar de falhar. Ele é a nossa verdadeira e completa felicidade na mais profunda escuridão.   ( Richard Baxter | 1615-1691 )



Fonte: http://www.josemarbessa.com/2017/07/sete-maneiras-de-se-deleitar-em-deus.html

domingo, 23 de julho de 2017

Em que solo frutificaram os Cinco Solas?

Por Davi Lago


Em que solo frutificaram os Cinco Solas?



Lembremos que a palavra de Cristo cai sempre em quatro solos e que não foi diferente meio milênio atrás: muitos não a entendiam (sementes à beira do caminho), outros ouviam, mas temiam as retaliações (solos rochosos), outro grupo estava acomodado com as regalias do poder e a fascinação das riquezas (solo espinhoso). Rememoremos então que a semente caiu em solo bom, corações atentos como o de Martinho Lutero, e logo vieram frutos espirituais, frutos que permaneceram. A boa nova no bom solo é como Jesus disse: “são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta a sessenta e a cem por um” (Mt 13.23).

Arraigados e alicerçados no evangelho, os reformadores enfrentaram a corrupção da igreja no estágio final da era medieval. A instituição estava em estado público de putrefação com a perversão moral do clero, exploração financeira sistemática da fé das pessoas com venda de indulgências e outras blasfêmias ante as genuínas exigências do discipulado cristão. As convicções dos reformadores (desde o chamado de retorno às Escrituras proposto por John Wycliffe e Jan Hus, passando pelas 95 teses e pela disputa de Lutero com Erasmo acerca da salvação pela graça, os 67 artigos de Ulrich Zwingli que defenderam a supremacia de Cristo como cabeça da igreja, os escritos de Calvino, e tantos outros documentos) foram sintetizadas em tempos mais recentes como Cinco Solas. Cinco frases em latim que sumarizam tanto o arcabouço teológico propositivo dos reformadores, como suas linhas de combate aos desmandos do poder eclesiástico de então.

É sempre bom revisitar o sistema solar reformado, cinco pilares de um castelo forte onde a pedra angular é Cristo: Sola scriptura, somente a Escritura, pois ela é a semente que devemos lançar. Nossas especulações e tradições não estão acima das letras sagradas. Não podemos esquecer que os reformadores traduziram as Escrituras para uma língua compreensível ao povo. Antes a Bíblia era lida em latim e somente a instituição era “autorizada” a interpretá-la. A Reforma demoliu a noção de uma corporação religiosa capaz de salvar ou mediar o acesso à salvação. “Pela graça sois salvos” (Ef 2.8), então sola fide, sola gratia, a salvação é pela graça por intermédio da fé. Não somos salvos por nossas obras, mas pela obra de Jesus consumada na cruz. Portanto, solus Christus, somente Cristo! Jesus ressuscitou! Ele é o tesouro absoluto, o centro do culto, da pregação, o autor e consumador da nossa fé, Salvador de cada esfera de nossa vida. “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto”, disse Jesus. Soli Deo gloria, somente a Deus seja toda a glória.

Em que solo cairão hoje os Cinco Solas? Em que solo estão caindo as sementes do evangelho? É óbvio perceber quinhentos anos depois que a Reforma desencadeou mudanças estruturais que redesenharam a civilização ocidental e influíram de modo decisivo na formação do mundo contemporâneo. Não por acaso, o filósofo brasileiro Fabio Konder Comparato chama a Reforma de “primeira revolução moderna” em sua Ética. Mas não podemos esquecer que a origem de tudo isso foi a semente da palavra de Cristo encontrando bons solos. Vamos trazer à memória aquilo que nos traz esperança, vamos prosseguir para o alvo em Cristo Jesus. “Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos” (Fp 3.16). Tão-somente sejamos bons solos.



• Davi Lago, pastor batista, mestre em Filosofia do Direito (PUC/MG).

Foto ilustrativa: Designed by Freepik


Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/cinco-solas-e-quatro-solos

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Se Deus é o autor da Escritura, então a Escritura é verdadeira



Por Stephen J. Nichols


Se você leu história da igreja, você já viu tudo. Isso não é inteiramente uma hipérbole. Muitas das objeções e perguntas com as quais lidamos na igreja hoje foram enfrentadas por gerações passadas de crentes. Um homem sábio já não disse: “Nada há novo debaixo do sol”? Isso é verdadeiro sobre a doutrina da inerrância. Em 1979, Jack B. Rogers e Donald McKim escreveram um livro intitulado The Authority and Interpretation of the Bible: An Historical Approach [A Autoridade e Interpretação da Bíblia: Uma Abordagem Histórica]. A ideia ou tese central ficou conhecida como a proposta Rogers/McKim, que é esta: A Bíblia é autoritativa em questões de fé e conduta, mas não é infalível quando se trata de detalhes históricos ou científicos. Além disso, a doutrina da inerrância é uma inovação do século XIX. Rogers e McKim argumentaram que os teólogos de Princeton do século XIX e início do século XX, mais notavelmente B.B. Warfield, criaram a doutrina da inerrância, que ensina que a Bíblia é inteiramente sem erro em tudo o que afirma.

A proposta de Rogers/McKim foi uma reação à Declaração de Chicago sobre a Inerrância Bíblica, de 1978. Essa declaração foi a obra do Conselho Internacional sobre a Inerrância Bíblica (CIIB), liderada por pessoas como R.C. Sproul, Edmund Clowney, J.I. Packer, James Montgomery Boice, e outros. O conselho produziu uma declaração de cinco parágrafos breves, uma lista de dezenove artigos de afirmação e negação, bem como três páginas de exposição adicional.

A Declaração de Chicago
A Declaração de Chicago foi elaborada durante quatro dias no fim de outubro de 1978 no hotel Hyatt Regency no Aeroporto O’Hare de Chicago. Os líderes do CIIB assinaram primeiro, depois outros em Chicago; em um total de 268 assinaturas. Nas semanas e meses seguintes, centenas de assinaturas foram adicionadas de todo o país e do mundo por representantes de várias denominações, ministérios, universidades e seminários. Ao longo da década seguinte, o CIIB publicou livros e folhetos, patrocinou conferências e reuniões e promoveu a doutrina da inerrância na igreja e no meio acadêmico.

Se você indagasse os participantes mais eminentes a respeito da inerrância em Chicago, descobriria que eles realmente haviam sido influenciados por B. B. Warfield e outros oriundos de Princeton. Afinal, foi Warfield quem ajudou a igreja ao oferecer um argumento direto e simplificado para a inerrância.

O filósofo medieval William de Ockham é conhecido por seu princípio da parcimônia, ou simplicidade. O argumento com o menor número de suposições é o melhor argumento, afirma o princípio. O argumento que não se baseia em uma complexa rede de argumentos e sub-argumentos é o melhor argumento. Warfield usou bem a navalha de Ockham. O argumento simples, mas não simplista, que ele fez foi este: Se Deus é o autor da Escritura, então a Escritura é verdadeira.

Nós poderíamos usar os termos teológicos da inspiração e inerrância aqui. Se a Bíblia é a Palavra de Deus, se é o texto inspirado que foi soprado por Deus, então evidentemente ela é verdadeira. Se a Bíblia é inspirada, ela é inerrante. Este argumento simples, mas preciso, é o dom de Warfield para a igreja.

A Declaração de Chicago amplia esse argumento básico e, muito importante, estabelece os limites do que significa e o que não significa inerrância por meio dos seus dezenove artigos de afirmação e negação. A Declaração de Chicago sustentou uma geração inteira na batalha pela Bíblia. Ela deu vigor aos conservadores teológicos na Convenção Batista do Sul quando eles entraram em combate em seus seminários, agências e estruturas denominacionais, aos conservadores teológicos no Presbiterianismo e em outras tradições, e a muitos outros líderes evangélicos.

Atualmente, estamos vendo a antiga proposta de Rogers/McKim novamente. A acusação está sendo feita de novo de que a inerrância é uma invenção moderna e de que os evangélicos têm à sua disposição outros modelos para entender a autoridade da Escritura. “A inerrância não é necessária”, tem sido dito a nós. “Podemos pensar sobre a Escritura de uma maneira diferente”. Mas essas novas contestações são realmente novas?

Pedro realmente o disse?
Um olhar intrigante para a doutrina da igreja primitiva sobre a Escritura vem de uma correspondência entre Jerônimo e Agostinho. Enquanto Jerônimo estava trabalhando em sua tradução da Bíblia, ele se deparou com Gálatas 2.11-14 e o confronto de Paulo com Pedro em Antioquia. Em uma tentativa de proteger a reputação de Pedro, Jerônimo concluiu que todo o episódio era fictício.

Agostinho cria que se você admitir o erro em um lugar, a Bíblia inteira estará aberta à dúvida. Ele escreveu a Jerônimo uma série de cartas por essa causa. Em uma carta, Agostinho escreveu:

Admita mesmo uma única mentira bem-intencionada em uma autoridade tão exaltada, e não haverá uma única seção daqueles livros que escapará, se parecer a alguém apresentar dificuldades do ponto de vista prático ou for difícil de crer do ponto de vista doutrinário, pelo mesmo princípio muito prejudicial de ser classificada como o ato deliberado de um autor que estava mentindo.

Agostinho afirmava “a autoridade da verdade não adulterada”. Ele acrescentou:

Deve ser feito um esforço para levar ao conhecimento das Sagradas Escrituras um homem que tenha uma opinião tão reverente e confiável sobre os livros sagrados que se recusaria a encontrar prazer em uma mentira bem-intencionada em qualquer passagem deles e que ignoraria o que não entende ao invés de preferir a sua própria inteligência à veracidade deles.

Quando alguém prefere a sua própria inteligência, Agostinho continuou: “tal pessoa exige credibilidade para si mesmo e tenta destruir a nossa confiança na autoridade da Sagrada Escritura”. Nós nos submeteremos à Escritura, ou submeteremos a Escritura a nós mesmos?

Essa correspondência entre Agostinho e Jerônimo nos ensina muitas coisas. Ensina-nos que Warfield não inventou a doutrina da inerrância. Warfield contribuiu para o desenvolvimento da nossa compreensão sobre a inerrância bíblica, oferecendo uma maneira útil de declarar a doutrina. Mas ele não a inventou.

Essa correspondência também nos ensina que as contestações à “autoridade não adulterada” e à plena veracidade das Escrituras não são novas. Na verdade, essas objeções são bem mais antigas do que 390 d.C. As contestações remontam ao jardim e a Gênesis 3.1. Além disso, essa correspondência revela a verdadeira questão subjacente a essas objeções à inerrância. A verdadeira questão é a falta de submissão.

Agostinho compreendeu que devemos submissão à Palavra de Deus porque devemos submissão a Deus. João Calvino ressalta exatamente esse ponto em seu comentário sobre 2 Timóteo 3.16, onde escreve: “Devemos à Escritura a mesma reverência que devemos a Deus, porque ela procede somente dele”. Em suas Institutas da Religião Cristã, Calvino acrescenta: “A plena autoridade que [as Escrituras] têm para os fiéis não procede de outra consideração senão de que eles são convencidos de que elas procedem do céu, como se Deus fosse ouvido falando a eles”.

Martinho Lutero chamou a Bíblia de nosso fundamento. Ele advertiu: “Não devemos nos desviar das palavras… De outro modo, o que aconteceria com a Bíblia?”. Lutero disse uma vez que, quando se trata da Bíblia, ou tudo o que ela ensina é crido ou nada do que ela ensina é crido.

A declaração de Lutero aqui exige consideração. Que opção temos no lugar da doutrina da completa inerrância e absoluta veracidade da Bíblia? Inerrância limitada? Por que não chamar simplesmente de errância limitada? Agostinho, Calvino e Lutero, assim como muitos outros, todos alertaram sobre o perigo de uma visão da veracidade bíblica que seja menos do que a completa inerrância. Essa tem sido a posição cristã ortodoxa ao longo dos séculos.

Um livro antigo para hoje?
À medida que a igreja enfrentava o começo do século XX, o modernismo estava a todo vapor. Suas realizações foram grandes, incluindo progressos monumentais nas ciências e tecnologia. Todos esses avanços suscitaram uma questão de importância singular: um livro antigo ainda é uma autoridade segura e confiável para hoje?

Warfield respondeu a essa pergunta com um ressonante sim para sua geração. À medida que as denominações e os seminários, um por um, se empenhavam em questionar a autoridade bíblica na década de 1970, o grupo de pastores e teólogos de Chicago respondeu com seu próprio e retumbante sim à autoridade não adulterada das Escrituras para sua geração. Aqueles labores de Warfield e dos idealizadores e signatários da Declaração de Chicago sustentaram um século de pastores e ministros do evangelho. A obra deles fortaleceu a igreja.

Embora vivamos em uma nova geração, ela está tristemente perturbada pelo mesmo antigo problema de insubmissão à Palavra de Deus. Mais tristemente, tal falta de submissão também pode estar presente na igreja. Portanto, devemos ler nossa história da igreja e aprender a reagir. Ao lermos as páginas da história da igreja, veremos primeiro a reverência que nossos antecessores tinham pela Bíblia e sua visão da sua completa veracidade e autoridade não adulterada. Nós também seremos levados de volta às páginas da própria Bíblia, de volta à Palavra de Deus, a Palavra da verdade para todas as épocas.


Dr. Stephen J. Nichols: é professor na Lancaster Bible College and Graduate School, e conquistou seu Ph.D. no Westminster Theological Seminary. Ele é membro da Evangelical Theological Society e, dentro da sociedade, é presidente do Grupo de Estudo Jonathan Edwards.


Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/07/se-deus-e-o-autor-da-escritura-entao-escritura-e-verdadeira/

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Por que preferimos Ismael ao invés de Isaque?

Por João Leonel


Gn 17.18-19

Abrão estava com oitenta e cinco anos. Com setenta e cinco Deus apareceu a ele pela primeira vez (Gn 12.4) e lhe fez a promessa de que dele surgiria uma grande nação (12.2).
Passaram-se dez anos e Abrão permanecia sozinho com Sarai. Nada da descendência prometida. O casal já era idoso e a possibilidade de ter filhos diminuía com o passar do tempo.

Então, Sarai chama o esposo e tem uma conversa séria com ele. Diz que é fato que eles não conseguiam gerar filhos. Então, era necessário fazer algo. O modo mais prático de terem descendência, de verem a promessa de Deus ser cumprida era Abrão tomar a escrava Hagar e ter filhos com ela. O esposo concorda. No ano seguinte nasce Ismael (16.15).

Passados treze anos, Deus aparece novamente a Abrão (17.1). Agora ele tem noventa e nove anos. Deus faz uma aliança com o patriarca, constando dela a renovação da promessa de que dele surgiria uma grande nação (17.2-3). E há uma especificação: o filho que ele e Sara gerariam deveria ser chamado de Isaque (17.19). O filho da promessa, passados vinte e quatro anos desde a primeira aparição a Abrão, tem nome – Isaque.

Abraão reage. Diz a Deus: “Tomara que viva Ismael diante de ti” (17.18). Frente à promessa de Isaque, Abraão, incrédulo, prefere se apegar àquilo que já existia – Ismael. Afinal, quem garantiria que depois de vinte e quatro anos Deus finalmente cumpriria sua promessa?

Deus promete Isaque. Abraão prefere confiar em Ismael.

A situação tensa enfrentada por Abraão e Sara espelha nossas lutas em vivermos pela fé.

Geralmente pensamos que Abraão, depois de algumas vicissitudes em sua relação com Deus, rapidamente gera Isaque e se torna o patriarca, o homem de fé que é exaltado no Novo Testamento. Mas não foi bem assim. Como nós, ele titubeou, fraquejou, procurou as soluções visíveis em lugar de confiar nas promessas invisíveis.

Deus prometeu que dele surgiria uma nação quando ele tinha setenta e cinco anos. Passaram-se vinte e quatro anos para que isso começasse a se cumprir com a gravidez de Sara. Vinte e quatro anos!

Quanto tempo leva para eu e você duvidarmos das promessas de Deus? Um mês? Seis meses? Um ano? Abraão esperou duas décadas e meia para ver o rosto do filho prometido!
Por vezes constatamos em nossa vida a falta de fé do pai da fé: Deus promete Isaque; Abraão se apega a Ismael.

Afinal, Ismael é uma realidade. Ele existe. Abraão o viu nascer, identificou-se com ele. Tem carinho pelo filho gerado por Hagar. Isaque... bem, Isaque permanece envolto nas brumas da promessa divina que tarde para chegar. E como demora!

Deus diz: Isaque. Nós dizemos: prefiro aquilo que vejo, que sinto, que posso tocar. Prefiro Ismael.

E assim ficamos com meias promessas, meias verdades, meias bênçãos.
Vivemos tempos em que Deus diz: Isaque. E nós dizemos: Ismael.


Imagem: By Caravaggio - scan, Public Domain.

• João Leonel é pastor presbiteriano, mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e doutor em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/por-que-preferimos-ismael-ao-inves-de-isaque