Estou dando a essa matéria, o título: "A morte da vida". No dia 05 de Novembro de 2025 desse ano, o Brasil tem uma comemoração a fazer. Vamos completar 10 anos da tragédia, do rompimento da barragem da Mineradora que fica em Fundão, um subdistrito, 35 km proximo ao centro da Cidade de Mariana-Minas Gerais..
Essa tragédia deixou dezenove pessoas mortas e mais três outras desaparecidas. Mas vejam bem, até hoje não houve nenhuma punição para os responsáveis. E o bolo que coroa a celebração da tragédia deveria chamar: IMPUNIDADE...
O rompimento da barragem que ocorreu em Fundão -MG, despejou para mais de 55 milhões de rejeitos de minério e lama sobre o Rio Doce, foi o maior desastre ambiental ocorrido no território Brasileiro.
Vejamos , a responsabilidade da tragédia que cabia à Mineradora Samarco S.A, a Vale do Rio Doce e a BHP Billiton igualmentes, atingiu não apenas grande parte de Minas, e se estendeu até o mar Atlântico atingindo as regiões de Linhares no ES, Aracruz-ES, São Mateus-ES, etc.
Dez anos depois da tragédia em Mariana, os pesquisadores da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, comprovaram que houve uma redução de mais de 50% de redução de árvores adultas e 60% para mudas de plantas e árvores nas áreas de mata ciliar da região do Rio Doce, atingidas pelo derramamento dos poluentes...
Um dia após essa tragédia, no dia 06/11/ 2015, me deparei com um artigo interessante sobre esse fato, no site da Editora Ultimato. E nesse artigo um poema que deixo aqui registrado:
Autoria: Iracema Claro
A vida sem respeito não é vida, é rejeito!
O Brasil de cores e o povo cheio de dores.
A cor da bandeira do choro mineiro é marrom.
A cor da morte é vivida, cheirada e sentida.
A vida foi mergulhada na morte marrom.
A água ficou sem ar.
Sem razão de ser bebida, molhada,
fresca, trocada, sentida.
O ar ficou tristonho
O rosto ficou sem cor
E a cor da dor marrom: Marrom.
Sentiu o mar
Sentiu o rio
Sentiu o ribeirinho
O pescador sem pão, sem rio, sem ninho.
Marrom ficou o brilho do olhar do pescador
Marrom ficou a vida do ribeirinho... que dor!
Marrom ficou a vida minera
Extasiada pela tragédia, ficou a pátria inteira.
O rio sem água pra viver
Há água, pra não beber
O peixe sem água, sem vida
Ninguém mais nada, nada!
O mundo viu isso, tragédia anunciada.
Comum desrespeito por aqui,
óh minha pátria amada!
Em silêncio de morte responde a natureza:
Poder sem responsabilidade gera
morte, secura, desolação,
vergonha e tristeza.
Obs: https://www.todamateria.com.br/desastre-de-mariana/
Link da Editora Ultimato: https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-vida-sem-respeito-nao-e-vida-e-rejeito
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