Muitas vezes oramos: “não nos deixes cair em tentação...” – e ao mesmo tempo direcionamos nossos pés para o caminho da tentação. Fazer isso é transformar a oração em deboche.
Jonathan Edwards (1703-1758) disse certa vez que “o pecado transforma o coração em um incêndio.” Você não pode ir brincar com o fogo e antes fazer uma oração a Deus pedindo que o impeça de se queimar.
Só está orando verdadeiramente aqueles que conhecem o poder da tentação e tem em Deus uma dependência sincera que brota de um desejo verdadeiro de ser santo.
John Newton (1725-1807) disse certa vez que a ação de Satanás sobre o coração pode ser ilustrada pela ação do vento sobre o mar. O mar, muitas vezes, parece suave, mas ele está sempre disposto a inchar e se tornar bravio, obedecendo ao impulso de cada tempestade.
Assim, o coração pode estar às vezes silencioso, mas o vento da tentação vai despertá-lo em um instante... um coração sem o cuidado divino é instável e flexível como a água, como o mar... sua violência, quando agitado pelo vento, só pode ser controlada por aquele que pode dizer ao mar revolto: “Aquieta-te!”
Eis a razão porque é impossível pedir a Deus que o livre de cair em tentação, enquanto se procura oportunidades, lugares... para que o contrário aconteça.
Ao dizer que o pecado transforma o coração num incêndio, Jonathan Edwards diz que nunca houve um incêndio que tenha dito – “Já queimei o suficiente, eu estou bem agora”.
Do mesmo modo – temos que saber - nunca houve ou haverá um coração pecaminoso dizendo: Já tive sucesso o bastante... Já tive luxúria o suficiente... já tive mundanismo o suficiente... Não!! Quanto mais combustível você colocar no fogo, mais quente e forte ele queima, e quanto mais ele queima, mais ele precisa de combustível, mais oxigênio sugará e desejará... a única coisa a ser feita é cortar o oxigênio, cortar todo o combustível: “Portanto, não sejais seus companheiros. Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” – Efésios 5.7-8.
Josemar Bessa
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