sábado, 27 de setembro de 2014

CRISTO NU... (Título meu)

                                          Imagem: www.aruipacheco.com

Por São Jerônimo


O mundo mergulha em ruínas, Sim!
Mas, no entanto,
Nossos pecados ainda
Vivem e florescem.

A famosa cidade,
Capital do Império Romano,
Está engolfada
Em tremendo incêndio;
Não há parte da terra onde os romanos
Não estejam exilados.

Igrejas antes consideradas sagradas
Não são hoje senão
Montes de escombros e cinzas;
E, não obstante,
Temos as nossas mentes
Voltadas para o desejo de lucro.

Vivemos como se devêssemos
Morrer amanhã;
No entanto,
Construímos como se fossemos
Viver sempre neste mundo.

Nossos muros brilham de ouro,
Bem como nossos tetos
E os capitéis de nossos pilares;
No entanto,
Cristo morre diante de nossas portas,
Nu e faminto,
Nas pessoas de Seus pobres.


São Jerônimo Carta cxxviii.
Fonte: Obras filosóficas - Bertrand Russel Livro segundo
Tradução de Brenno Silveira
Edição da Companhia Editora Nacional, pag. 44.

Como disse, o título é meu. Mas estas palavras, que escrevi no formato de um poema, são de São Jerónimo. Os espaços que dei não existem, pois se trata da parte de uma carta que ele escreveu a um amigo. De acordo com outros registros históricos, São Jerônimo nasceu mais ou menos em 347 e viveu até 420 DC. Jerônimo é notável pela tradução da Vulgata que se deu dos originais para o latim e por outros escritos. A narrativa que acima lemos, com "título meu", se deu mais ou menos em 410 DC. E já se passaram séculos e séculos, mas pelo visto a humanidade parece estar mesmo despida de humanidade. É, despida, nua...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Em perigo contínuo de auto-engano!

Por Josemar Bessa

Vivemos em meio a toda espécie de eufemismos destruidores e por causa disso estamos em perigo contínuo de auto-engano. Gostamos de nomes bonitos para esconder o terrível!

1) Andamos na direção da falta de compromisso com a verdade e santidade  e chamamos isso  de tolerância.

2) Andamos em direção a desobediência e chamamos isso de liberdade.

3) Andamos em direção a superstição e chamamos isso de fé.

4) Andamos em direção a indisciplina e perda do auto-controle e chamamos isso de relaxamento - Dizemos: "você precisa relaxar!"

5) Andamos em direção a falta de oração, meditação na Palavra... e nos iludimos dizendo e pensando que escapamos do legalismo.

6) Andamos em direção ao mundanismo e impiedade e chamamos isso da liberdade que a graça traz, nos convencendo de que a graça nos libertou para sermos mais parecidos não com Cristo, mas com o diabo.

Podemos meditar diariamente sobre os temas mais relevantes, e até mesmo sentir algum prazer neles, enquanto nossas meditações não são nem agradáveis a Deus, nem de nenhum proveito para nós. O hábito de ouvir bons pregadores do evangelho, leitura consistente da Palavra... pode nos levar a uma montanha de pensamento evangélico... e todas essas coisas não passarem para nós de chuva de verão que cai sobre uma rocha estéril no deserto.

"Sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" – Tiago 1.22 - é a voz de advertência da verdade revelada.

Como falamos antes, estamos em perigo contínuo de auto-engano. Davi disse: "eu cri, por isso falei." E Paulo, ao citar esta passagem, acrescenta, "Nós também acreditamos e, portanto, falamos." Por isso, o apóstolo exorta aos efésios convertidos a falarem a verdade em amor, que crescessem em Cristo em todas as coisas; sendo Ele o cabeça do corpo místico da igreja.

O princípio claro na Bíblia sobre isso para nós é:  "A árvore é conhecida pelos seus frutos" (Mt 12:33). Deus conhece, e por isso deseja que vejamos com clareza, a cegueira do coração humano e a exposição comum dele ao auto-engano.

Você pergunta: “Quem são os amigos de Cristo?” – E Cristo responde: "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" (João 15:14).
Você pergunta: "Quem são aqueles que amam o Redentor?" Ele mesmo responde: "Aquele que me ama, guarda os meus mandamentos" (João 14:23).

Você pergunta: "Como sabemos que possuímos um conhecimento salvífico do Redentor?" Você é informado que "Nisto sabemos que o conhecemos se guardamos os seus mandamentos" (I João 2:3).

Qual é a prova de hostilidade e desprezo por Cristo? Não são palavras duras de descrença – ela pode estar nas pessoas que diariamente oram, cultuam... O homem ama Cristo? Ele responde: Ele diz: "Aquele que não me ama, não guarda as minhas palavras" (João 14:24).

Você quer saber os que estão enganados e que são enganadores? As Escrituras dizem: "Aquele que diz que ele o conhece e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele" (I João 2:4).

sábado, 13 de setembro de 2014

Dez-crimes-na-ação

Por Pedro Paulo

A atitude de preconceito praticada pela jovem torcedora do Grêmio contra o goleiro Aranha do (clube paulista) Santos gerou indignação em muitas pessoas. A justificativa que ela deu em seu primeiro depoimento à justiça foi de que não teve a intenção de ofender o goleiro e que foi no embalo da torcida, mas nada poderia justificar esse crime de injúria racial.

A punição que será imposta a esta jovem e ao Clube Grêmio, não irá impedir que outros casos como este aconteçam, infelizmente. Este fato grave revela que a presença do mal encontra-se arraigada dentro do ser humano. A inclinação humana é sempre para o mal como nos revelam as Escrituras Sagradas.

Dez foram os mandamentos de Deus para o homem observar. Entretanto, Jesus disse que se o homem amasse a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, estaria cumprindo toda a lei.

O que está faltando no coração das pessoas é o amor pelos seus semelhantes. Nada entristece mais a Deus do que a atitude de desamor. Qualquer tipo de discriminação é uma negativa da humanidade de Deus, pois Ele nos fez à Sua imagem e semelhança.

Fonte: http://razaodaindignacao.blogspot.com.br/2014/09/dez-crimes-na-acao.html

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Deus perdoa e salva apenas quem acredita em Deus?


Por Robson Santos Sarmento

‘’Se digo que amo ao meu próximo e não sou receptor desse processo, chego a conclusão de ser praticante de um amor falso, simbiótico e, por fim, doentio!’’

Afinal de contas, Deus perdoa, salva, ama e justifica apenas quem acredita em Deus, no sacrifício constituído na Cruz, no dogma e nas doutrinas da denominação tradição eclesiástica?

Então, caso não esteja nessa direção, a qual deve, antes de tudo, aceitar também todo um repertório de doutrina ou, melhor dito, de idéias para obter o elemento da salvação. Desde já, peço desculpas, mas não posso me calar, cerrar os galhos da ponderação, rejeitar o conteúdo substancial da Graça. Digo isso, porque eleger essa posição seria tornar sem efeito, ineficaz, como se fosse um monturo de banalidades as boas novas.

Sem sombra de dúvida, se não nos abrirmos para a Graça, franquearmos todo o nosso ser, acenarmos para essa caminhada e dizer um sonoro não a toda tentativa de tentar formá – la, produzi – la, por meio de todo um emaranhado de doutrinas ou idéias (e olha que são muitas e para todos os gosto), seremos adeptos de crenças estabalhoadas e ocultaremos as nossas dúvidas, incertezas, inseguranças, questionamentos.

Infelizmente, assim não tem sido a corrida tresloucada por reduzir a Graça a algo a ser desvendado e limitar a fé a uma relação de compensação, imediata? Vou adiante, enquanto incorrermos na teimosia de criar meios para formar, produzir a Graça, quando deveríamos ouvir o chamado e se abrir e, assim, não vivermos uma espiritualidade, uma existência deformada.

Quantas pessoas sobrecarregadas por uma tentativa de produzir, de formar a Graça, através de uma incorporação de idéias e, por isso, padecem diante do espelho de suas vulnerabilidades, de suas limitações e se culpam, se condenam e se ressentem.

Então, quem pode se salvar?

Não foi essa a pergunta de Pedro?

Quem pode ser perdoado, ser salvo, ser amado, ser justificado por Deus?

Será apenas aqueles que acreditam em Deus ou aqueles que se abrem para Graça?

Ademais, por ora, não precisamos rever a qual Graça estamos enredados, envolvidos e entrelaçados?


Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/deus-perdoa-e-salva-apenas-quem-acredita-em-deus