domingo, 4 de janeiro de 2015

Amigos fracos, inimigos fortes!


                           Por Josemar Bessa

Nas últimas linhas escritas pelo maior apóstolo de Cristo, quando o sol de sua vida estava finalmente se pondo, aprendemos algo essencial:

“Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu muito às nossas palavras. Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão. E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém.’ - 2 Timóteo 4:14-18

Três perfis aparecem no palco neste momento dramático da vida  do apóstolo Paulo.

Um - Um inimigo forte. Alexandre pode ter sido um amigo no passado, mas agora Paulo tem que avisar a Timóteo sobre ele. Alexandre ficou contra o ministério de Paulo ("ele se colocou em oposição a nossa mensagem"). E ele fez isso de maneira pessoal, sobre o próprio Paulo, o atacando ("me fez muito mal"). A resposta de Paulo? Ele é contundente. "O Senhor irá recompensá-lo."

Dois - Amigos fracos . "Todos me abandonaram." Quando tudo estava desmoronando a sua volta, quando a escuridão cercava Paulo, quando Paulo mais precisava de apoio e simpatia, seus amigos desapareceram. Se levantar por Paulo e com Paulo naquele momento seria muito caro, muito custoso para esses fracos corações. Todos eles cederam ao medo. A resposta de Paulo? Ele é extremamente gentil -  "Que isso não seja cobrado deles!" – “Que isto lhes não seja imputado.”

Três - Um amigo forte . O Senhor lhe apareceu, lhe assistiu, lá, diante de seus acusadores. Jesus era invisível, mas Paul podia sentir Sua presença Onipotente ao seu lado, como Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz! Ele sentiu um braço apertando seu ombro. Ele ouviu uma voz sussurrando ao seu coração: "Eu estou aqui com você, tão feliz por você. Você está indo bem. Continue indo. Você está ampliando seu testemunho do evangelho. Está mostrando o valor infinito da minha glória, mostrando que o meu amor é melhor do que a vida.” A resposta de Paulo? Coragem e adoração.

“...e fiquei livre da boca do leão.” – Não porque ele não foi condenado a morte – mas porque em tudo ele foi “mais que vencedor!”

“Se não fora o Senhor” nós teríamos caído em pecado em cada tentação.

“Se não fora o Senhor” nós teríamos desonrado o evangelho nos conflitos externos e nos conflitos internos.

“Se não fora o Senhor” nós teríamos sido esmagados por nossos inimigos.

“Se não fora o Senhor” nós teríamos desmaiado em nossas aflições.

“Se não fora o Senhor” teríamos sido enterrados pelo peso da cruz...

Só Deus sabe quão fundo no inferno estaríamos se tivéssemos ficado entregues aos nossos recursos.

Só Deus pode nos fazer perseverar por sua Graça. Nós precisamos que Ele nos sustente na infância, precisamos que Ele nos sustente na adolescência, precisamos que Ele nos sustente na juventude, na idade madura, na velhice – Ah! Se não fora o Senhor, ora diga Israel!

“Se não fora o SENHOR, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel... (Sl 124:1).

Isso sempre será suficiente para um coração regenerado. Sempre haverá inimigos fortes e amigos fracos. Mas sempre haverá um amigo forte também. A ele seja a glória para todo o sempre. Amem.


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