Por Iracema Claro
O Brasil de cores e seu povo cheio de dores.
A cor da bandeira do choro mineiro é marrom.
A dor da morte é vivida, cheirada e sentida.
A vida foi mergulhada na morte marrom.
A água ficou sem ar,
Sem razão de ser bebida, molhada,
fresca, tocada, sentida.
O ar ficou tristonho
O rosto ficou sem cor
E a cor da dor: Marrom.
Sentiu o mar
Sentiu o rio
Sentiu o ribeirinho
O pescador sem pão, sem rio, sem ninho.
Marrom ficou o brilho do olhar do pescador
Marrom ficou a vida do ribeirinho ...que dor!
Marrom ficou a vida mineira
Extasiada pela tragédia, ficou a pátria inteira.
O rio sem água pra viver
Há água, pra não beber
O peixe sem água sem vida,
Ninguém mais nada, nada!
O mundo viu isso, tragédia anunciada.
Comum desrespeito por aqui, óh minha pátria amada!
Em silêncio de morte responde a natureza:
Poder sem responsabilidade gera morte, secura, desolação, vergonha e tristeza.
A vida sem respeito não é vida é rejeito!
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