terça-feira, 27 de dezembro de 2016

As mulheres na vida de Jesus



Por *Morf Morford


Jesus parece ter tido suas mais produtivas e satisfatórias conversas com mulheres anônimas, isoladas, estigmatizadas e vulneráveis.

Há a “mulher adúltera” (João 8:1-11) e, claro, “a mulher junto ao poço”.

Ambas eram o tipo de pessoa com quem nenhum Rabi respeitável conversaria – e com quem nenhum homem de qualquer status gostaria de ser visto. Além disso, certamente nenhum homem tocaria em uma mulher estranha – principalmente uma considerada “impura” (no caso, a mulher com hemorragia).

A mulher junto ao poço, além de ser mulher, rejeitada por seu próprio povo, e de ter se casado diversas vezes, também era uma samaritana – e como todos sabem, “judeus não se dão bem com os samaritanos” (João 4:9 NVI).

A conversa de Jesus com a mulher no poço é tão satisfatória que Jesus diz uma das mais impressionantes linhas do Novo Testamento: “Tenho algo para comer que vocês não conhecem” (João 4:32 NVI).

Essa mulher, por sua vez, é considerada a primeira evangelista – senão missionária. Sua vida, e a vida de praticamente todos naquele povoado, foi transformada para sempre.

É significativo o fato de que o nome de nenhuma dessas mulheres tenha sido mencionado.

Nomear alguém, de acordo com dados históricos, era para pessoas “importantes” – reis, profetas e líderes. Essas mulheres não eram “importantes” – na verdade, elas eram excluídas, rejeitadas, “impuras” ou inúteis. Elas eram formas de interrupção e distração. As conversas de Jesus com elas foram “acidentais” e “involuntárias”. E muito mais frutíferas do que suas discussões com líderes religiosos – e com seus próprios discípulos.

Eu aprendo bastante com encontros não intencionados. mulher corcovada 001

Eu geralmente escuto mais do que falo.

Pessoas desprezadas, perdidas e despedaçadas falam com economia de sabedoria prática – elas conhecem muito bem as decepções e traições do mundo – e mesmo que elas tentem, não conseguem ignorar sua própria complexidade em meio à sua própria degradação.

Diferente delas, a maioria de nós, que vive uma vida consideravelmente confortável, ainda acredita em (e ainda vive por) mentiras contadas pelo mundo – e por nós mesmos.

A maioria dos “cristãos” que eu conheço sente “orgulho” por não “precisar” de ninguém.

E, a maioria deles, quando eu os pressiono, admite livremente que, não fosse pela promessa do Paraíso ou pela ameaça do Inferno, tampouco “necessitaria” de Deus.

Essas mulheres perdidas e abandonadas sabem melhor. Elas sabem que Deus pode, e que Ele vai alcançá-las, tocá-las e restaurá-las. Pessoas “religiosas” raramente “precisam” de Deus – ou mesmo de qualquer graça humana anônima. “Precisar de Deus”, para muitos de nós, é visto como um sinal de fraqueza. E talvez seja. É uma “fraqueza” que nos permite ser tocados, ou sermos aqueles que tocam os feridos, sem esperar nada em troca.


Traduzido de: The Women in Jesus’ Life

*Morf Morford. A fé não é uma fórmula. Eu não usaria nem a palavra “relacionamento” nem a metáfora de “uma jornada” para descreve-la. Quanto mais velho fico, mais me parece com um processo – um foco determinado em ouvir o eterno, calar os ruídos e distrações, e se aproximar cada vez mais de cada sussurro e cada palavra, para perto da completude – e esvaziamento – do pulsar, das mãos e propósitos do Criador que, assim, nos leva finalmente para o lugar onde nós pertencemos. Sou professor e escritor, o que significa que gosto de ouvir e compartilhar o que vejo e escuto.


domingo, 18 de dezembro de 2016

Encorajem uns aos outros




Por Harry Reeder

Estou certo de que em algum lugar e em algum momento os leitores da Tabletalk já ouviram a letra do “hino do Oeste” intitulado Home on the Range. O caubói americano idílico se sentia “em casa na colina” por várias razões. Uma das razões é que era uma casa “onde raramente se ouvia uma palavra desanimadora”, um ambiente doméstico onde as palavras desanimadoras eram raras e as palavras de encorajamentos eram abundantes.

Nosso Senhor espera que seu povo crie ambientes assim não na fantasia de uma canção, mas na realidade da vida: em nossas casas de família e na casa de sua família, a igreja, que é a “família de Deus” (Efésios 2.19). A casa de Deus e as nossas casas devem ser intencionalmente esvaziadas de palavras autocentradas de desânimo e preenchidas de palavras abnegadas destinadas a “consolar” ou “animar uns aos outros” (cf. 1Tessalonicenses 5.11). Mas como isso acontece em um mundo amaldiçoado pelo pecado e cheio de palavras desanimadoras? Como isso acontece na igreja, que está cheia de pecadores salvos pela graça?

Boas casas têm “regras da casa”. A minha casa tinha, mas o mesmo acontece de forma mais incisiva com a casa de Deus. Esta edição da Tabletalk está explorando algumas dessas “regras da casa”: as admoestações do tipo “uns aos outros” da Palavra de Deus para a família de Deus. Essas admoestações não são sugestões de um terapeuta de família. Elas são mandamentos divinos, incluindo o mandamento para “consolar um ao outro”. Claramente, precisamos orar para que o Espírito de Deus nos dê a capacidade e desejo de estabelecer igrejas e relacionamentos onde “raramente se ouve uma palavra desanimadora”, e muitas vezes se ouve uma palavra de encorajamento. Mas palavras de encorajamento não bastam. Elas devem vir unidas a atitudes de encorajamento. Aqui estão dois textos que nos preparam para “encorajar uns aos outros” em palavras e atos.

Encorajar um ao outro com palavras

Em Efésios 4-6, Paulo chama todos os que estão “em Cristo” para “se despojarem do velho homem” e “se revestirem do novo homem”. Em 4.29, ele revela quatro tópicos sobre como preencher nossas casas e igrejas com palavras de encorajamento:

(1) Palavras corretas. O vocabulário é crucial. Em vez de “palavras torpes” que poluem os ouvintes, use palavras “edificantes”, que os ajudem.

(2) Forma correta. Palavras graciosas exigem um tom gracioso ao “sair das nossas bocas”.

(3) Hora correta. “Conforme a necessidade”. Muitas vezes, há coisas para se dizer que precisam realmente ser ditas, não é o momento certo para dizê-las.

(4) Razão correta. “Transmita graça aos que ouvem”. A graça de Deus nos motiva e também nos instrui a falar para a edificação do ouvinte, não para nossa gratificação pessoal.

Incentivar um ao outro com atos

Como podemos realizar atos de encorajamento que amplificam as nossas palavras de encorajamento? Ações eficazes de amor originam e são padronizados após o amor de poupança de pecador de Deus em Cristo. Um texto clássico para instruir e encorajar-nos é Romanos 5: 6 , 8 . Aqui, também, encontramos quatro tópicos:

(1) O amor é ativo e visível. “Deus prova o seu próprio amor para conosco”. O amor de Deus foi visível e demonstrado quando deu o seu Filho para nos dar vida. E o Filho de Deus nos deu a vida por meio de seu sacrifício próprio. Encorajar uns aos outros é amar uns aos outros com atos visíveis.

(2) O amor é intencional e específico. O amor de Deus abriu um caminho, quando não havia nenhum caminho para salvar os pecadores, e esse caminho é Jesus: “Cristo morreu por nós”. O povo de Deus não pratica “atos aleatórios de bondade”. Eles fazem atos intencionais de amor que transformam vidas.

(3) O amor é sacrificial e imerecido. Ações visíveis e intencionais de amor também são custosas e imerecidas. Deus deu seu Filho. O Filho de Deus deu sua vida como propiciação por todos os pecados de todo o seu povo. Ele “morreu por nós”. Precisávamos dele, mas não o queríamos; ele não precisava de nós, mas nos queria. O amor imerecido de Deus mandou o Filho de Deus que se entregou por nós para nos salvar. Como resultado, quando amamos, pensamos nas necessidades dos outros acima das nossas próprias necessidades.

(4) O amor é oportuno e preocupado. “Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios”. Atos encorajadores de amor são oportunos porque aqueles que gastam tempo para amar também gastam tempo para amar com consideração. Mesmo ao abordar o pecado nas vidas uns dos outros, nós cuidadosamente buscamos ganhar uns aos outros pelo Senhor e para o Senhor.

Quando o povo de Deus amorosamente “encoraja um ao outro” com palavras e atos que exaltam a Cristo, a mensagem do evangelho não é apenas esclarecida, mas amplificada. Ainda mais profundamente, Deus é glorificado quando sua família tem uma casa “onde raramente se ouve uma palavra desanimadora”.


Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira. Revisão: Yago Martins. © 2016 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: MinisterioFiel.com.brOriginal:  Encorajem uns aos outros

Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/12/encorajem-uns-aos-outros/

domingo, 11 de dezembro de 2016

DEVOCIONAL - 30 de Novembro de 2016.

Por TEOMANIA Santos


Procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o Senhor; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores. (Jr. 45.5)

Eis uma promessa dada para lugares difíceis, uma promessa de segurança e vida no meio de fortíssima pressão: uma vida "como despojo". Isto pode bem ajustar-se aos nossos tempos, que estão ficando cada vez mais difíceis à medida que nos aproximamos do fim da era, e da hora da Tribulação.
                       
Que significa a "vida como despojo"? Significa uma vida arrancada das garras do destruidor, como Davi arrebatou do leão o cordeirinho. Significa, não o sermos retirados do ruído da batalha e da presença dos inimigos; significa, sim, uma mesa no meio dos inimigos, um abrigo no temporal, uma fortaleza entre os adversários, uma vida preservada no meio de contínua pressão: a preservação de Paulo quando agravado além das forças, ao ponto de perder esperança até da vida; o socorro divino a Paulo — quando o espinho na carne permaneceu, mas o poder de Cristo repousou sobre ele e a graça de Cristo lhe foi suficiente. Senhor, dá-me a minha vida por despojo, e hoje, nos lugares mais difíceis, leva-me em vitória. — Days of Heaven upon Earth

Muitas vezes oramos para sermos livres de calamidades; e até cremos que o seremos. Mas não oramos para sermos feitos o que devemos ser na própria presença das calamidades; viver no meio delas, enquanto durarem, na consciência de que estamos seguros e abrigados pelo Senhor; e de que poderemos, assim, permanecer no meio delas enquanto continuarem, sem que nos façam mal.

Por quarenta dias e quarenta noites o Salvador foi guardado ante a presença de Satanás no deserto, e isso, sob circunstâncias de grande provação, uma vez que Sua natureza humana estava enfraquecida pela falta de alimento e descanso. A fornalha estava aquecida sete vezes mais do que o comum, mas os três hebreus foram guardados no meio das chamas, tão calmos e bem postos como quando na presença do próprio rei antes que lhes viesse a libertação.

A longa noite de Daniel foi assentar-se ele entre os leões. E quando foi retirado da cova, "nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus". Eles habitaram ante a face do inimigo, porque habitavam na presença de Deus.




Fonte: http://teomania.blogspot.com.br/2016/11/devocional-30-de-novembro-de-2016.html        

domingo, 4 de dezembro de 2016

Queda



Por Pedro João Costa


Queda, é nossa condição
como homens.
Estamos tão afastados
do Criador
que vemos a gravidade
da perdição humana em tudo.

Inclusive,
e é a isto que quero
referir,
em que tipo de amigos
somos em nossas relações.
Então vemos que nem virtudes
para a amizade possuímos.

Sim, o amigo
que consigo ser,
se é q tenho conseguido,
é certo que é
pela misericórdia divina.

Cumpre se o dito:
Amigo assim...
dispensa ter inimigo.
Assim,
Vemos Deus orientar Jó
A orar por "seus amigos"...


Pedro João Costa (08-05-13): Colaborador deste blog desde 2010.