sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O que tem ocupado a sua mente?


Fonte da imagem: mapa do cérebro
 
"Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;" Colossenses 3:1-2
Você já parou para pensar no que você está pensando? O que tem ocupado a sua mente? O conselho de Deus para nós é pensar nas coisas que são de cima, ou seja, no Reino de Deus. Isso não quer dizer que você nunca deve pensar nas coisas terrenas, mas que o foco principal da nossa mente deve estar nas coisas celestiais.

"Buscai as coisas que são de cima" é, na verdade, uma reafirmação do que Jesus disse no sermão da montanha:       
"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mateus 6:33
Qual tem sido o foco principal da nossa vida? Será o alcance de metas para essa vida? Nós vivemos em uma sociedade capitalista que incentiva cada vez mais o consumo, a necessidade de se possuir cada vez mais. Muitas vezes estamos tão ocupados com os afazeres dessa vida (trabalho, estudo, etc.) que não temos tempo para fazer o mais importante: buscar a Deus. Jesus disse para nós não nos preocuparmos demasiadamente com as coisas terrenas, pois Deus mesmo proverá tudo para as nossas vidas, assim como Ele provê para as aves do céu e para as ervas do campo (Mateus 6:25-32). O foco principal da nossa vida deve ser ajuntar tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não consomem ou os ladrões não roubam (Mateus 6:19). Afinal, aonde estiver o nosso tesouro, ali estará o nosso coração:
"Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." Mateus 6:21
Se o foco principal da nossa vida for o Reino de Deus, então os nossos pensamentos devem estar de acordo com o nosso foco, ou seja de acordo com o Reino de Deus. O escritor de Colossenses continua:
"Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas;mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;"  Colossenses 3:5-10
Se nós somos novas criaturas (nascidos de novo em Jesus pelo seu sacrifício na cruz), portanto nossa mente deve ser também renovada e moldada de acordo com o caráter de Cristo. Isso quer dizer que devemos exterminar das nossas vidas as inclinações carnais, como a prostituição, impureza, avareza, ira, malícia, maledicência, mentira, etc. Ou seja, essas coisas não podem achar lugar em nossas mentes e corações. Antes, o que deve abundar em nossas mentes e corações é a palavra de Cristo:
"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração." Colossenses 3:12-16
A palavra de Cristo habitar em nós abundantemente significa que o caráter de Cristo deve estar dentro de nós. Ou seja, o nosso coração e a nossa mente devem estar cheios daquilo que Cristo nos ensinou: que sejamos cheios de misericórdia, benignos, humildes, mansos e longânimos. Não são esses os frutos do Espírito descritos em Efésios 5?
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." Gálatas 5:22
Isso significa dar lugar dentro de nós ao Espírito Santo, para que seus frutos abundem nas nossas vidas e se transformem nas atitudes ensinadas por Cristo. Assim como Cristo nos perdoou, devemos estar sempre prontos a perdoar. Se as nossas mentes e corações estiverem voltados para a palavra de Cristo, andar no Espírito (ter nossas atitudes guiadas pelo Espírito Santo) será consequência natural. Mas se nossas mentes e corações estiverem cheias dos frutos da carne (como "adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas" Gálatas 5:19-21), iremos fatalmente andar na carne e sair assim do plano de Deus para as nossas vidas. Por isso precisamos controlar aquilo que tem entrado na nossa mente. Esse foi o conselho descrito em Filipenses:
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." - Filipenses 4:8
Portanto, gostaria de convidá-lo a pensar mais a respeito daquilo que temos deixado entrar em nossas mentes e corações. Porque constantemente o mal tenta entrar sorrateiramente nas nossas vidas, e muitas vezes começar agir por pequenos pensamentos ou sentimentos que posteriormente se transformam em atitudes que são opostas à boa, perfeita e agradável vontade de Deus. O desejo de Deus é que Cristo seja o centro da nossa vida e que, dessa forma, possamos andar em Espírito e abundar nos seus frutos ("amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança"). Minha oração é para que nossas mentes e corações estejam livres de toda impureza carnal e das preocupações dessa vida, mas cheios de toda bondade, justiça e verdade. E que assim, possamos desfrutar da seguinte promessa:
"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti." Isaías 26:3

Fonte:http://voltemosapalavradedeus.blogspot.com.br/ 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O que você Odeia?



O verdadeiro cristão não apenas ama, ele odeia na mesma proporção. O que nós odiamos ensina muito sobre nosso coração. Todo homem verdadeiramente regenerado odeia todo o pecado - "Eu odeio todo caminho de falsidade." Salmo 119:104

No original a palavra usada pelo salmista significa um ódio mortal, um ódio irreconciliável, um ódio que não pode se satisfazer com nada a não ser a destruição da coisa odiada.   

O verdadeiro cristão odeia todo o pecado. O verdadeiro cristão odeia todo pecado porque sabe que todos eles são terríveis ofensas a um Deus santo. Se levanta contra a glória de Deus e contra todo bem da alma.

A mensagem cristã hoje tem isso como um objetivo pregado semana após semana nos púlpitos? Aos olhos de um coração reto todos pecados ( em você, nos outros...) são traidores e negam a dignidade do Senhor Jesus. Pelo que é impossível a alma não se levantar com todas as armas de Deus contra todos eles.

Ódio ao pecado deixou há muito tempo de ser um tema recorrente ou dominante nos púlpitos da vaidade que caracterizam nossa geração que não adora um Deus santo, mas a si mesmo, o dinheiro, o conforto “psicológico” da auto-ajuda...

Mas o coração reto olha para o pecado  como O mal universal. Ele não consegue traçar nada mal que não tenha sua origem em algo que ofenda a Deus.

O coração reto sempre vê o pecado como aquilo que lança para baixo, ou seja, não glorificando a Deus, todo homem, mesmo se pensarmos na melhor lista de homens:

   o homem mais justo do mundo, como Noé;
   o melhor crente no mundo, como Abraão;
   o melhor rei do mundo, como Davi;
   o melhor apóstolo do mundo, como Paul;
   o homem mais forte do mundo, como Sansão;
   o homem mais sábio do mundo, como Salomão;
   o homem mais manso do mundo, como Moisés;
  o homem  mais paciente do  mundo, como Jó;
  e assim sua alma se levanta contra ele.

Um coração regenerado não odeia alguns pecado ( Hoje é comum mesmo entre aqueles que dizem odiar o pecado, expressar um desprazer grande apenas contra o que poderíamos chamar de “pecados sociais”, porque vêem no centro a felicidade do homem e não a santidade de Deus).

O coração reto odeia todos os pecados. Um coração natural pode não gostar de alguns pecados enquanto acalenta outros. Luta contra alguns e ama e mantém outros pecados. Isto porque o seu ódio a alguns pecados não estão relacionados a Santidade infinita de Deus.               

Mas todo homem verdadeiramente regenerado odeia todo o pecado - "Eu odeio todo caminho de falsidade." Salmo 119:104      

                                        Josemar Bessa

Fonte:http://www.josemarbessa.com/2012/06/o-que-voce-odeia.html

sábado, 22 de setembro de 2012

Apreciando a Verdade em Benefício do Amor



John Piper


Pensando sobre o obscurecimento da verdade para obter triunfo

Joel Belz, o principal executivo da revista World, escreveu: "Existe em nossos dias uma suposição perversa... predominante entre os evangélicos, de que os sentimentos, as atitudes e os relacionamentos são mais importantes do que a verdade. A unidade é uma prioridade mais elevada do que a ortodoxia. A divisão, ainda que por amor à verdade, é a mais ofensiva das heresias" (Semana de 12-19 de julho de 1997, p. 5).

Talvez a palavra "perversa" necessite de qualificação. Não entendo as palavras de Belz no sentido de que todos os que valorizam a unidade têm motivos perversos. Também não o entendo como que dizendo que sempre é perverso ter falta de entendimento involuntário que nos impede de perceber que, por trás de um problema de relacionamento, há uma questão concernente à verdade. O que é perverso é obscurecer intencionalmente uma afirmação da verdade, por desviar a atenção a uma atitude, ou a um estilo, ou a um sentimento, ou a um motivo. Isto é o que parece comum hoje.

Por exemplo, talvez você diga: "A nudez, como uma forma de entretenimento, é contrária à vontade de Deus concernente à modéstia, porque deixa de tratar o corpo como um patrimônio sagrado que deve ser usado para a glória de Deus". Esta é uma afirmação da verdade. Exorta as pessoas a levarem em conta uma realidade objetiva chamada "a vontade de Deus". Pede às pessoas que considerem esta afirmação e formem um julgamento sobre a sua verdade. Além disso, ela traz consigo implicações a respeito do tipo de entretenimento que alguém aprovará ou a respeito da maneira como gastará o seu tempo.

No que concerne à verdade, alguém pode responder: "Concordo". Ou: "Não concordo, porque não creio que Deus existe; por isso, não acho que você possa falar com legitimidade sobre a vontade dEle". Ou: "Acho que Deus se deleita no corpo que Ele criou e não desaprova a nudez como forma de entretenimento". Todas estas respostas se referem ao nível da afirmação da verdade. Razões podem ser apresentadas de ambos os lados, e o diálogo pode continuar. Talvez aconteça alguma persuasão ou mudança de pensamento.       

Mas isso não é o que acontece sempre. O que ocorre com mais frequência é uma estratégia verbal que desvia atenção da afirmação da verdade para uma atitude que anula astuciosamente a verdade para ouvintes não dados à reflexão. Por exemplo, uma resposta pode ser: "Lamento que você não possa lidar com sua própria sexualidade e tenha de lançar sobre os outros os seus sentimentos de vergonha". Ou: "Vida longa para o pudor vitoriano!" Ou: "Considerando que existem oitenta mil refugiados no Zaire, seria imaturidade de nossa parte nos preocuparmos com questões morais relacionadas ao comprimento de saias". Ou: "Moralistas conservadores, que citam reiteradamente a Bíblia e usam seus textos como prova, não entendem a natureza da arte e nunca farão qualquer contribuição significativa para a cultura". Ou: "Por trás da escrupulosa inquietação acerca do corpo humano, podemos encontrar uma juventude reprimida e uma mãe puritana". Ou: "É o cúmulo da arrogância alguém vestir a sua própria moralidade com os absolutos divinos".

Todas estas respostas ignoram a verdade. São evasivas. Expressam o modo como as pessoas astutas "vencem", por criticarem os outros, usando rótulos. Isto é o que Joel Belz chama de "perverso".

Minha súplica em favor da igreja é que ela coloque a verdade e o amor (a ortodoxia e a unidade, os fatos e os sentimentos, a realidade e os relacionamentos) na ordem bíblica. Por exemplo, Paulo disse em 1 Timóteo 1.5: "Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia". Observe a ordem: a instrução é o alicerce e leva ao amor, por meio da pureza e da fé. Ou considere, mais uma vez, a ordem em 1 Pedro 1.22: "Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente". Novamente, a verdade precede o amor e transforma a alma em benefício do amor. Até na revelação espetacular de 1 João 4.8 — "Deus é amor" —, "Deus é" provê o fundamento para "Deus é amor".

Não seja enganado por esta falsa dicotomia. A verdade e o amor não estão em desacordo. Pelo contrário, por causa do amor, aprecie a verdade. Permita que este amor pela verdade e a verdade pelo amor governem sua linguagem da maneira como governavam a linguagem de Paulo. "Não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus" (2 Coríntios 2.17)." Não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Coríntios 4.2). Tenha em mente a verdade sobre a qual você está falando, "na presença de Deus", e sua linguagem será uma serva do amor.

Extraído do livro: Provai e Vede - 2008 - Editora Fiel (páginas 117-119).


John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais, atingindo com suas publicações e mensagens milhões de pessoas em todo o mundo. Ele exerce seu ministério pastoral na Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis, MN, nos EUA desde 1980.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Você quer, você pode



Elbem César

Jesus estava andando pela beira do lago da Galiléia quando viu dois pescadores. Eram Simão e o seu irmão André, que estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse: — Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente. Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus. (Marcos 1:16-18)

A cada dois dias, após o expediente, Jonny vai à academia de ginástica para se exercitar um pouco. Ele ama fazer isso. Acha que é uma ótima maneira de permanecer saudável e acabar com o stress ao mesmo tempo. A sua rotina é muito simples. Começa correr em uma esteira, depois faz levantamento de peso e finalmente dá umas voltas a nado na piscina confortavelmente aquecida. Quando acabam os exercícios, ele sempre se sente cansado e dolorido, mas feliz por ter completado o treino.

Certo dia ele estava exercitando o levantamento de peso. Seu colega chegou de repente e colocou mais cinco quilos para cada braço. Imediatamente Jonny parou e ficou inseguro se conseguiria prosseguir com a musculação, pois nunca levantara mais do que três quilos. Em vez de dizer algo, ele se preparou, encheu os pulmões e, com toda sua força, conseguiu mover os oito quilos. Para sua surpresa, ele não sentiu tanto peso assim, apesar de ter realizado um esforço fora do habitual, mas percebeu que os exercícios contínuos o fizeram mais forte. A partir desse dia ele não subestimou mais a sua força.

Nós podemos dizer o mesmo com relação à fé. Assim como o nosso organismo responde positivamente com força quando exercitamos, nosso espírito responde positivamente ao alimentá-lo com a leitura da Palavra de Deus. Ao exercitarmos nossa fé por meio da oração, o Espírito Santo encontra liberdade para atuar, tornando o nosso espírito mais forte e saudável.

Mas muitas vezes subestimamos nossa capacidade de seguir os mandamentos de Jesus ou atender ao seu chamado. Simão e André, pescadores, simples e provavelmente iletrados, não ficaram em dúvida quando Cristo lhes disse que os fariam pescadores de gente. Após três anos sendo preparados pelo Mestre, Simão Pedro pregou em praça pública e naquele dia mais cinco mil almas arrependeram-se dos seus pecados e aceitaram o chamado de Cristo.

Há! Mais eles foram discipulados pelo Mestre dos mestres, diriam os céticos! Mas vejamos o exemplo do casal Áquila e Priscila em Atos 18: Eles eram apenas fazedores de tendas, a mesma profissão de seu mestre Paulo. Se alguém teria uma desculpa para pensar que não estava pronto para o ministério seriam eles. Em vez disso, deram o que tinham, serviram como podiam, abriram as portas de sua casa e Deus fez coisas incríveis por meio deles.          

Portanto, não pergunte a si mesmo se está pronto para servir a Deus. Em vez disso, pergunte o que você poderia fazer já para trabalhar para o Reino Celestial. O problema de muitas pessoas é que passam a vida toda aprendendo a pescar e nunca saem para pegar um peixe.

Reserve agora um momento para rever seus pontos fortes e analise como eles podem ser úteis para servir a Deus. Os dois mandamentos que todos devem cumprir são estes: amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo. Isso inclui mostrar ao próximo o caminho da salvação. Se você quer você pode ser um pescador de gente para fazer parte do Reino Celestial. Grande será a sua recompensa. Ore agora e peça a Deus uma orientação.


Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/voce-quer-voce-pode

sábado, 15 de setembro de 2012

Fazer o bem: um reflexo de Cristo em nós


  

Outro dia ouvi um versículo da Bíblia que despertou a minha atenção:
"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado" - Tiago 4:17
Esse versículo deixa claro que é possível pecar não somente por fazer coisas erradas, mas também por não fazer a coisa certa: fazer o bem. Ao ouvir esse versículo eu parei para refletir: será que tenho sido omisso em fazer o bem? E o que seria "fazer o bem"?

Sem dúvida o maior bem que poderíamos fazer pelas pessoas está no campo espiritual da nossa vida: levar as pessoas a Jesus, orar pelas pessoas, etc. Quantas vezes temos sido omissos em cumprir o "ide" de Jesus?
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." - Marcos 16:15
Muitas vezes estamos tão imersos no individualismo das nossas vidas (tão comum na nossa sociedade), que não percebemos que existem ao nosso redor muitas pessoas necessitando de uma palavra de Deus para as suas vidas.

Mas fazer o bem não se resume apenas em falar de Jesus e orar pelos outros. Talvez esse seja o maior bem, mas o que Tiago diz pelo Espírito Santo é que o bem também pode se referir às necessidades dessa vida:
"Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo?
Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,
e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso?
Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.
Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem.
Mas queres saber, ó homem insensato, que a fé sem as obras é inútil?" - Tiago 2:14-20
No trecho acima podemos ver claramente que as obras das quais Tiago cita são também as obras para essa vida, como dar pão ao faminto e roupa a quem não tem o que vestir. É interessante observar que esse texto, à primeira vista, pode até parecer contraditório em relação à justificação pela fé. Mas o que Tiago está dizendo não é que o homem precisa realizar boas obras para se salvar, mas que as boas obras são consequências imediatas que acompanham a nova criatura em Cristo. As nossas atitudes nessa vida são um reflexo da nossa vida com Deus. Se somos nova criatura e fomos regenerados em Cristo, então as nossas atitudes devem refletir a vida de Cristo em nós.

As boas obras são os bons frutos que devem acompanhar os santos: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gálatas 5:22). Foi isso que João Batista disse aos fariseus:
"Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo." - Mateus 3:8-10
Não adiantava os fariseus terem uma vida religiosa, se as suas obras eram más. Eles tentavam obedecer à risca a lei de Deus, mas se esqueceram da essência da lei : o amor. Jesus ainda completou:
"Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus." - Mateus 7:17-21
Se houve um ensinamento claro no ministério de Jesus é que Deus não procura religiosos, mas procura aqueles que querem fazer a sua vontade, como ato de adoração sincera. E não há dúvidas de que a sua vontade é que façamos o bem. Isso fica claro também na parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37). Nela Jesus nos ensina a fazer como o bom samaritano: cuidar do necessitado que estiver perto de nós, independente se a sociedade cria uma barreira entre nós e o necessitado (como existia a barreira entre os samaritanos e os judeus). Interessante é que nessa parábola passam pelo necessitado duas pessoas que deveriam ser exemplo (o levita e o sacerdote), mas ambos passam longe do necessitado. Jesus diz para agirmos como o bom samaritano ("Vai, e faze da mesma maneira.Lucas 10:37). Não podemos ser como o levita e o sacerdote que viviam uma vida de serviço a Deus, mas suas atitudes fora do templo de Deus não condiziam com os ensinamentos de Deus.

Hoje existe uma barreira social entre muitos de nós e muitos que estão marginalizados na sociedade. Alguns mendigos, pobres, dependentes químicos, órfãos, viúvas, etc. A sociedade marginaliza essas pessoas. Mas o que Deus quer é tenhamos compaixão dessas pessoas, que abracemos essas pessoas, cuidemos, e assim os levemos ao verdadeiro sentido da vida: Jesus. Leia o livro de Provérbios e verá quantas promessas Deus faz àquele que se compadece do pobre (Pv. 29:14Pv. 19:17Pv. 21:13Pv. 28:27,...). Quando Jesus fala sobre o céu e o inferno, ele conta a história de um mendigo que foi para o céu e um rico que foi para o inferno (Lucas 16:20-31). Será que nossa atitude diária tem sido mais parecida com a do justo ou do impio de acordo com a palavra de Deus?
"O justo se informa da causa dos pobres, mas o ímpio nem sequer toma conhecimento." - Provérbios 29:7
Jesus disse que nós somos o sal da terra e a luz do mundo:
"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."Mateus 5:13-16
Ser servo de Deus dentro do templo é muito fácil. O nosso desafio constante é ser servo fora do templo, quando o mundo nos oprime e tenta nos empurrar insistentemente ao pecado, inclusive quando o pecado é simplesmente o conformismo ou indiferença em relação ao nosso próximo. Jesus deixa claro no texto acima que o Pai será glorificado no céu através do nosso testemunho, ou seja, das nossas boas obras aqui neste mundo. Na verdade essa é a única finalidade das nossas obras: testificar da transformação que Jesus realizou em nossas vidas, para que o nosso Pai seja glorificado, e para que mais vidas se rendam ao nosso Deus maravilhoso.

Que as nossas obras reflitam, cada dia mais, a vida de Cristo em nós. E dessa forma, que o nosso próximo encontre o caminho da vida eterna: Jesus Cristo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Palavra a pão e água


Leonel Elizeu Valer Dos Santos

“E disse o rei de Israel a Jeosafá: Disfarçando-me eu, então entrarei na peleja; tu, porém, veste as tuas roupas reais. Disfarçou-se, pois, o rei de Israel, e entraram na peleja.” II Crôn 18; 29         

Um contraste acentuado entre prudência e ingenuidade, assoma, analisando os atos de rei Jeosafá. Aparentado que estava do rei Acabe, por ocasião de uma visita, decidiram recuperar a posse da antiga cidade de refúgio, Ramote de Gileade. 
Como de praxe, antes da ousada empresa foi feita uma consulta profética para saber a “vontade do Senhor”. Isso entre aspas, pois, foram consultados os profetas de Baal. 
Todavia, apesar de todas as mensagens prometerem vitória fácil, aquilo não satisfez ao então, prudente, rei de Judá. “Disse, porém, Jeosafá: Não há ainda aqui algum profeta do SENHOR, para que o consultemos?” V 6

Apesar de declarado desafeto de Acabe, Micaías, o profeta do Senhor foi buscado, o qual, após uma imitação irônica dos falsos profetas, disse a verdade em nome do Senhor: Acabe seria morto, Israel disperso na peleja.

O rei de Israel, como sempre fazia, desconsiderou a Palavra de Deus, mandou trancafiar o profeta a pão e água, e seguiu com seu intento belicoso. 
Desconhecemos os motivos de Jeosafá, ( conveniência política, comodidade) que, mesmo não sendo da índole que seu colega, acabou indo à peleja, apesar da advertência contrária do Profeta do Senhor.

Pior, aceitou o “conselho” supra, de ir ao combate trajado de rei, enquanto Acabe se disfarçaria de guerreiro comum. Ora, natural que os soldados inimigos teriam a rei como alvo principal, o que fez Jeosafá passar seus apuros; todavia, como a intenção do ímpio Acabe era malograr à Palavra de Deus, que dissera da sua morte, foi alvejado mesmo disfarçado e encontrou, por fim, a sina predita, pelo Juízo do Eterno. 
De volta para casa, Jeosafá mandou ensinar em seu reino, algumas coisas que aprendera a duras penas; “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; guardai-o, e fazei-o; porque não há no SENHOR nosso Deus iniquidade nem acepção de pessoas, nem aceitação de suborno.” II Crôn 19; 7

Essa passagem ilustra bem, o grande mal do ser humano em todos os tempos, sobretudo, em nossos dias. A religião nos lábios, e a impiedade nos atos. 

A Palavra de Deus consultada em expectativas alvissareiras, de promessas, nunca de correção. Temos até as famosas “caixinhas de promessas” para que Deus nos fale somente “coisas boas”, tal nossa hipocrisia religiosa. 

Quando Paulo disse que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, o fez a um povo que O desconhecia totalmente, contudo, exortou: “mas anuncia a todos que se arrependam”. Atos 17; 30

Ignorância, pois, era um estado a ser deixado. Em nossos dias, não há mérito, ou atenuante por desconhecermos a Vontade de Deus, afinal, a Palavra está disponível a todos. 

Na igreja quase embrionária, com algumas décadas apenas, Paulo considerou vergonhosa a ignorância de Deus; hoje, consideraria escândalo. “Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15; 34

Claro que há diferença entre a ignorância por limitações intelectuais, e a voluntária; essa, por preguiça, comodismo, é a qual trato. 

A geração high tec que “colhe” alimentos em latas e “sabedoria” em ícones virtuais, acostumou ao guruísmo, filho do comodismo, onde um “iluminado” qualquer “determina, declara, profetiza” como as coisas espirituais são e a boiada segue o som do berrante.

Além disso, de nada valerá uma prudência parcial, como no caso do rei, se, na hora de agir, contam mais as conveniências que a Palavra de Deus. Aliás, o pecado religioso é mais grave que o pecado comum, pois, traz a agravante de ser profanação. 

“Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” Sal 50; 16 e 17

Desgraçadamente, como Acabe, a maioria de nossa geração “cristã” tem deixado a Palavra de Deus a pão e água, e pavoneado-se suicidamente com as vestes reais, no castelo da estupidez.

“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento;...” Os 4; 6        

“E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17; 3 

Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-palavra-a-pao-e-agua

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Ame...




   “Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.”
(Santo Agostinho)                               










Afresco de:   Sandro Botticelli 

Mas o que amo, amando-te? 
(Santo Agostinho)                                

“Mas o que amo, amando-Te? Não uma beleza corpórea, não uma graça transitória, não um fulgor como o da luz, que agrada a estes olhos, não doces melodias de cantos de todo tipo, não o suave perfume de flores, de unguentos e de aromas, não o maná e o mel, não membros joviais ao abraço carnal. Não são essas coisas que amo, amando o meu Deus. E, no entanto, por assim dizer, amo uma luz, uma voz, um perfume, um alimento e um abraço quando amo o meu Deus: luz, voz, perfume, alimento e abraço do homem interior que está em mim, onde resplandece em minha alma uma luz que não se dissipa no lugar, onde ressoa uma voz que o tempo não rouba, onde exala um perfume que o vento não dispersa, onde provo um sabor que a voracidade não reduz, onde me aperta um abraço que a saciedade nunca dissolve. É isso o que eu amo quando amo o meu Deus.”   

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O casulo da bênção


Elbem César

Porque é melhor sofrer por fazer o bem, se for esta a vontade de Deus, do que por fazer o mal. (1 Pedro 3:17)

O casulo (ou crisálida) é um invólucro constituído por um material parecido com a seda construído por lagartas e algumas larvas de insetos para ser usado para sua própria metamorfose. Em biologia, metamorfose é uma mudança na forma e na estrutura do corpo (tecidos, órgãos), bem como um crescimento e uma diferenciação, dos estados juvenis ou larvares de muitos animais, como os insetos e anfíbios (batráquios), até chegarem ao estado adulto. Provavelmente a metamorfose ocorre com um “sofrimento” da larva.

Sofrimento. Não deveria ser assunto de um texto devocional, não é mesmo? Afinal, todos nós temos os nossos sofrimentos e somos obrigados a enfrentá-los. O que gostaríamos de ler são palavras que nos impulsionam a começar e a terminar bem o nosso dia; se possível, que cada dia pudéssemos aprender a focar melhor nas coisas boas, em vez de nas dores e nos problemas. 

Mas sofrimento é algo real, apesar de aparentemente não haver nenhuma razão de existir na vida de muitas pessoas. Se não fizeram nada de errado, então porque sofrem? Não é essa a pergunta? Outras acreditam – e eu também – no que está escrito em Isaías 53: “Ele [Jesus Cristo] foi rejeitado e desprezado por todos; ele suportou dores e sofrimentos sem fim [pelos pecados de toda a humanidade]. [...] No entanto, era o nosso sofrimento [de culpa] que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando. [...] Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu.” É claro nesse texto que não precisamos mais sofrer por culpa de pecados.

Não obstante, existem outros sofrimentos. Pedro sugere no verso acima que podemos sofrer por fazer o bem, ou por fazer o mal. Por extensão, alguns dos nossos problemas podem ser resultado de nossa própria rebelião, enquanto outros podem ser frutos de uma revolta com a injustiça ao nosso redor, e que ao tentarmos corrigi-la acabamos sendo desprezados e perseguidos. Seja qual for a origem dos nossos sofrimentos, temos que ter em mente que eles nos educam e nos ajudam a amadurecer na fé; são para nos tornar uma bênção. Nós podemos desprezá-los, mas eles estão aí para nos fazer crescer em experiência, estejamos nós fazendo o que é errado ou que é certo. Melhor sofrer pelo que é certo.

A vida é dura mesmo. Qualquer que diga algo contrário está vendendo uma mentira. Mas existe uma terceira via. É a que fornece uma resposta morna para a vida, a abordagem de não se fazer nada, de deixar a vida rolar, de não ser autor da história, de ficar só na plateia. Não é isso que queremos. Pelo contrário, queremos ser autores da nossa história.

Uma linda borboleta em transformação provavelmente deve sentir muita dor e sofrimento dentro de um casulo, mas não permanecerá trancada ali para sempre. O casulo é o local para descansar, ser curada, maturada, transformada, aperfeiçoada para ficar mais bonita e útil. Mas se a borboleta não passar um tempo nele, não seria suficientemente apta e forte para voar. Esse é o casulo da bênção.

Portanto, se você levantou hoje em seu sofrimento, tenha em mente o seguinte: Ele é um companheiro; ele existe para transformá-lo em alguém melhor; ele lhe faz uma pessoa que participa da irmandade e da herança de Cristo; ele lhe dá força e aptidão para seguir em frente e com mais confiança. Cristo foi vitorioso em seu sofrimento e em sua Palavra está escrito que nele somos mais que vitoriosos. Você crê nisso?           

Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-casulo-da-bencao
Via:http://elbemcesar.blogspot.com/