POR JOSEMAR BESSA
Um pastor erudito, assistindo a um ancião cristão em vida humilde, quando estava em sua última enfermidade, observou que a passagem em Hebreus 13.5,"Nunca o deixarei; nunca o desampararei", era muito mais enfática na língua original do que em nossa tradução, por conter não menos que cinco negativas em prova da validade da promessa divina, e não meramente duas, como aparece na versão em português. A resposta do homem foi muito simples e impressionante. "Não duvido, senhor, que você tenha toda a razão, mas eu lhe posso assegurar que se Deus tivesse falado apenas uma vez, eu teria acreditado nele do mesmo modo."
Quando Deus afirma que nunca irá nos deixar, é evidente que essa promessa de estar presente significa mais do que a Sua simples Onipresença que chega sobre todas as suas criaturas. A Sua onipresença sustenta a existência de todas as suas criaturas, mas não assegura a felicidade delas, pois o mais miserável pecador sem qualquer comunhão com Deus pode dizer como Davi: “Se eu fizer a minha cama no inferno, lá Tu estarás” –
Essa declaração também é maior que Sua simples Providência pela qual Deus faz nascer nascer o sol e cair a chuva sobre seus filhos e seus inimigos. Aqui Ele não está falando apenas de uma presença generosa, mas de uma presença GRACIOSA, fundamentada nas disposições do pacto da Graça. Deus não abandonará Seu Filho, a cabeça do corpo que é a igreja, e, portanto, Ele jamais irá renunciar a qualquer um dos que fazem parte do Seu Filho, por causa do Seu Filho, porque nEle Ele está totalmente satisfeito.
Podemos então começar o ano orando como Robert Cecil (1563-1612): “O Senhor, dá-me as aflições que desejares, exceto o teu olhar de censura e desprazer, pois em tudo desejo viver para tua glória; dá-me qualquer aflição necessária, mas me dê juntamente o teu sorriso, pois sem ele um dia a mais seria fútil para mim” – ou dizer ousadamente como Spurgeon: “A escuridão de tristeza tem muitas vezes se revelado apenas "a sombra da asa de Deus quando ele se aproximou para abençoar."
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