José Rubens Medeiros
Vem-me à lembrança que a grande maioria das pessoas que ocupam o planeta, em todas as culturas, absorveram os ensinamentos oficiais (governamentais) em escolas e universidades no sentido de que determinado cidadão nascido no Século XIX, servindo-se da “avançada” tecnologia da época, provavelmente desenvolvendo suas andanças de pesquisas montado num jegue (ou meio de transporte símile daquele tempo), concebeu o que se convencionou chamar de “Teoria da Evolução”, segundo a qual tudo (isto é, a vida e seus penduricalhos) teve início com uma grande explosão, a partir da qual houve o surgimento de seres vivos minúsculos, microscópicos, que foram crescendo, espichando, engordando, metamorfoseando, até as variedades que hoje se conhecem no mundo animal, entre as quais, segundo esse cientista do Século XIX, se inclui o ser humano, hodiernamente conhecido como homem e mulher.
É mais ou menos esta a elucidação darwiniana aceita e apregoada em todos os recantos e escolas do planeta. Somos filhos de uma explosão, fomos ameba, fomos sapos, fomos peixes, fomos aves, fomos jegues, fomos macacos, perdemos a cauda e finalmente nos encontramos no estágio atual, sem rabo, sem quatro patas, sem apêndices, sem chifres (exceto no sentido pejorativo e deprimente), já nos comunicando através de fala audível e variada, capazes de a cada dia inventar uma estripulia nova; disputando espaço, posição, poder, status, praticando sandices e atrocidades de toda espécie; regrados, regrando, empáticos, serenos, furiosos, estáticos, matando-nos uns aos outros, sem que isso represente uma da linhas-mestras do darwinismo, que é a prevalência do mais forte para que esse mais forte sobreviva e “evolua”.
Contudo, desde milênios continuamos com a mesma aparência, com as mesmas carências, com os mesmos assombros, com as mesmas interrogações; e, apesar de tudo isso, apesar desse trovejante niilismo, dessa extrema e indescritível confusão, apesar da balbúrdia mundial reinante, apesar de o ser humano (ou ex-ameba, ex-macaco etc.), na condição de tão-somente um animal casualmente melhorado como conseqüência de uma casual explosão cósmica, segundo ensinam os intelectuais credenciados pelos governantes, a tal Teoria da Evolução continua na boca, nos livros, nos jornais, nas revistas, nas televisões, a respeito da qual lembro-me do que declarou certo notável conhecido como R. L. Wysong: “...O que essa definição – geralmente aceita – da ciência e do método científico indica é que embora a evolução se utilize do método científico, a teoria evolucionista em si não é em última análise científica, porque a evolução tem poucas, se é que as tem, ‘verdades demonstradas’ ou ‘fatos observados’. A microevolução ou mutação estritamente limitada entre as espécies pode ser demonstrada, mas isso nada tem a ver com a evolução como geralmente compreendida. Depois de citar evolucionistas que confessam que a evolução não pode ser provada cientificamente, Wysong observa: ‘A evolução não é uma formulação do verdadeiro método científico. Eles (esses cientistas) compreendem que a evolução significa a formação inicial de organismos DESCONHECIDOS a partir de produtos químicos DESCONHECIDOS, numa atmosfera ou oceano de composição DESCONHECIDA, sob condições DESCONHECIDAS, cujos organismos subiram então uma escada evolucionista DESCONHECIDA, mediante um processo DESCONHECIDO, deixando uma evidência DESCONHECIDA’.”
Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-estranha-e-sempre-letargica-evolucao
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