sexta-feira, 31 de maio de 2013

Você pode me perdoar?



Corrie ten Boom (1892-1983) era uma cristã holandesa cuja família salvou judeus durante a II Guerra Mundial. Eles foram traídos e presos. Corrie e sua irmã Betsy foram enviadas para um campo de concentração nazista. Betsy morreu lá, mas a vida de Corrie, apesar de muitos sofrimento, foi poupada.

Vários anos depois da guerra, ela estava falando sobre o tema do perdão em uma reunião cristã. Após a reunião, um de seus ex-guardas da prisão nazista apareceu no meio da multidão e se aproximou dela. Ali estava ele, com a mão estendida para ela: "Você pode me perdoar?" Os sofrimentos que ele infligiu a ela e sua família foram reais e brutais. A angústia de Corrie não era devido a uma hiper-sensibilidade. Tudo o que aquele homem tinha feito era monstruoso. E agora ele está perguntando: "Você vai me perdoar" - Corrie escreveu:

"Eu estava lá com uma frieza terrível apertando meu coração. . . . Orei: 'Jesus, me ajude! " Rigidamente e mecanicamente, devo confessar, estendi minha mão e pequei a mão que ele estendeu para mim, e eu experimentei uma coisa incrível. A corrente começou no meu ombro, correu por meus braços e entrou em nossas mãos que agora estavam unidas. Então esta reconciliação quente pareceu inundar todo o meu ser, trazendo lágrimas aos meus olhos. "Eu te perdôo, irmão," - eu chorei com todo o meu coração. Por um longo momento seguramos as mãos um do outro, o ex-guarda, a ex-prisioneira. Eu nunca conheci o amor de Deus tão intensamente como eu fiz naquele momento. "

Philip D. Douglass, “The Power of Forgiveness,” Covenant Magazine , February/March 1999, pages 8-9.

domingo, 26 de maio de 2013

Vale a pena morrer por uma causa?

             "Lybia Hurra" fotos de Mauricio Lima (ver exposição aqui.)

                                       Vinicius Loiola Beserra                                       
Essa semana eu estava andando na rua quando, um rapaz passou por mim com uma camisa de um conhecido guerrilheiro latino-americano. Isso me levou a pensar. Quantos supostos heróis de guerra, revolucionários, mártires, líderes de causas nobres, gurus já não morreram?

Para aquele jovem, o líder guerrilheiro morreu por uma causa pertinente, a do Socialismo. Para uma determinada nação ou povo, seu herói de guerra também morreu por algo que valeu a pena, a libertação da Pátria. E ainda existem os mártires silenciosos, ignorados e esquecidos no tempo e no espaço, que morreram por suas convicções humanas.

Para muitas pessoas seus ídolos não morreram em vão, e quando falo isso, falo do sacrifício que cada um deles fez por sua causa. Mas, infelizmente o que posso dizer é que embora em muitos casos o sacrifício deles não tenha sido em vão, a morte deles foi.

Não existir e nem existirá na história da humanidade outra pessoa que tenha morrido como Jesus, em um sacrifício que não tem como quantificar o preço.

As pessoas morrem por causas, por seus países e líderes, mas Jesus morreu pela humanidade caída. Uma humanidade que até hoje em muitos casos virar as costas para o sacrifício da cruz, preferindo olhar para as filosofias, ideologias e outros sofismas.

Para esse jovem, Jesus é mais um revolucionário, que está no mesmo nível do guerrilheiro, e de tantos outros ícones que já morreram. Para nós, Jesus é o cordeiro de Deus, o maior sacrifício vivo que já andou pela face da Terra e que morreu por uma causa, uma humanidade perdida e sem Deus.

Você pode até morrer um por uma causa nobre, mas como disse Paulo em I Coríntios 13, “E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”. Sua morte terá sido em vão, pois, esse sacrifício só valerá na Terra por um tempo e ainda será julgado quanto a suas motivações e conseqüências.

Mas, se morremos em Cristo então, não teremos morrido em vão, pois como Cristo exemplificou na Cruz, morrer para si mesmo é um ganho, o que é um paradoxo para um mundo sem Cruz, sem Luz. Vale a pena morrer pela causa da Cruz.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A ciência também é vulnerável

O Teste da Fé


Autor: Ruth Bancewicz

Os que abandonam a fé por causa da ciência devem saber que esta é vulnerável


Ridicularizam-se a Bíblia, a pregação do evangelho e a fé dos cristãos. Porém os cristãos em geral não ridicularizam – ou não deveriam ridicularizar – a ciência.
A ciência não é, necessariamente, inimiga da fé e vice-versa. Ambas não deveriam se digladiar. O que não impede que a fé não abrace todos os pressupostos da ciência e a ciência, por sua vez, faça o mesmo. É difícil dizer qual das duas impõe mais: se a fé ou a ciência. Mesmo que a ciência se torne às vezes soberba, a fé pode e deve ser convicta sem ser soberba.
Os cristãos que esfriam na fé ou abandonam a fé por causa de algum trunfo da ciência precisam saber que a ciência não é invulnerável, como também a religião, em si, não o é. O que é invulnerável em matéria de religião é a “fé que nos foi confiada como um dom a ser guardado e cultivado” (Judas 3, Bíblia Ave-Maria). No bojo dessa fé está o Criador, a criação, a necessidade de remoção do pecado, o nascimento virginal de Jesus, seu sacrifício vicário e sua ressurreição, a glória vindoura e a revelação.
São os próprios homens da ciência que alardeiam seus equívocos, suas limitações e até mesmo suas fraudes. O jornalista Hélio Schwartsman – um judeu ateu, como se declara –, em outubro de 2012, baseando-se na revista Ciência, diz que “a ocorrência de fraudes em pesquisas médicas cresceu dez vezes de 1975 para cá”. Ele receia que isso “seja apenas a ponta do iceberg do problema” (Folha de São Paulo, 5/10/2012, A2). Duas semanas depois, o médico Drauzio Varella, mais conhecido por seus livros do que pelo seu consultório, cita a declaração de 150 anos atrás de Oliver Holmes, segundo a qual, “se toda a matéria médica, como hoje é empregada, fosse afogada no fundo do mar, seria muito melhor para a humanidade – e muito pior para os peixes” (Folha de São Paulo, 21/10/2012, E14).

Outro dia, Marcelo Gleiser, professor de física teórica nos Estados Unidos, no artigo intitulado A terceira revolução copernicana (Folha de São Paulo, 30/9/2012), listou uma série de descobertas científicas envolvendo o universo que foram sendo substituídas sucessivamente uma pela outra. Houve um tempo em que a ciência dizia que a Via Láctea era tudo o que existia. Pouco depois, outro cientista afirmava que a Via Láctea era apenas uma entre “centenas de milhares” de outras galáxias. Hoje – diz Gleiser – “sabemos que existem centenas de bilhões de galáxias”. A terra, o sol e a Via Láctea já foram considerados o centro do universo. A tendência hoje em dia é dizer que o nosso universo não é único, mas um entre incontáveis outros.
Na metade do século passado, dez mil recém-nascidos em todo o mundo, especialmente na Alemanha, nasceram com graves deformações, vítimas de um dos maiores erros da história da medicina. Só agora, cinquenta anos depois da tragédia, é que o laboratório Grünenthal, o fabricante da talidomida, pede desculpas ao mundo. Uma das vítimas brasileiras é presidente da Associação Brasileira de Portadores de Síndrome da Talidomida (ABPST). Cláudia Marques Maximino nasceu em 1962 sem as duas pernas e um braço. Ela é pós-graduada em recursos humanos.
Esses “novos horizontes” não surgem no terreno da fé: há mais de dois milênios não houve alteração alguma na “fé que os santos receberam de uma vez para sempre”. Essa herança de convicções religiosas não vem por meio de fatos matematicamente comprovados, como se tenta fazer na ciência. Ela é formada a partir de revelações da parte de Deus. Pela via científica ninguém acreditará, por exemplo, na concepção sobrenatural de Jesus, no perdão de pecados por meio do sacrifício vicário de Jesus, na ressurreição dos mortos, em novos céus e nova terra. Mas, pela fé, essas convicções podem e devem existir!
Nota
Publicado na seção Mais Que Notícias da revista Ultimato 342 (maio-junho/2013).

terça-feira, 21 de maio de 2013

Este é o verdadeiro jejum!


Viver o amor - Leonardo Gonçalves

O que será que ele espera de nós
Qual a razão e o sentido de viver aqui, de existir
Será que um dia afligir a alma
Oferecer sacrifícios mil vão conquistar seu favor
Quero refletir o exemplo que ele nos deixou
Viver o amor
Por onde for
Viver perdão
Estender a mão
Partir o pão
Que venha a nós o teu reino, senhor
Em mim, por mim e através de mim
Que minha voz, minha dor
Esteja em sintonia com o mundo ao meu redor
Viver o amor
Por onde eu for
Viver perdão
Estender a mão
Hoje vou despedaçar com amor todo jugo
Desfazer as ataduras da servidão
Nunca mais me esconder do meu semelhante
Sempre obedecer à lei do seu coração
Servir o pão...

Fonte:http://www.hermesfernandes.com/2013/05/este-e-o-verdadeiro-jejum.html?utm_source=feedly

domingo, 19 de maio de 2013

Cuide do dom!


POR JOSEMAR BESSA


Na vida espiritual nada permanece imóvel. Se não estivermos constantemente crescendo em humildade, estaremos prontamente aumentando e produzindo o fruto do orgulho.

A saúde espiritual, como a saúde do corpo, é um dom de Deus. Mas, como a saúde do corpo, é um dom que deve ser cuidadosamente tratado, uma vez que hábitos descuidados podem danificá-la.

Portanto, prepare-se para estar amanhã em adoração com o povo de Deus meditando nas palavras de Thomas Brooks  (1608-1680):

“O interior de um hipócrita nunca corresponde ao seu exterior. O  interior de um hipócrita é uma coisa, e seu exterior é outra coisa; um hipócrita  é exteriormente limpo — mas interiormente impuro. Hipócritas são como os  frascos dos farmacêuticos, tendo por fora o título de algum excelente remédio  — mas por dentro algum veneno mortal. Eles são como os templos egípcios,  que são belos por fora — mas dentro deles nada se encontra além de  serpentes e crocodilos, e outras criaturas venenosas.

Hipócritas laboram mais em prol de um bom nome do que de um bom  coração; uma boa repercussão dos seus feitos do que uma boa consciência;  eles são como violinistas, mais cuidadosos em afinar seus instrumentos do que  em vigiar suas almas. Hipócritas são como prata — porém escurecem; eles  possuem uma aparente santificação externa — mas interiormente são cheios  de malícia, mundanismo, orgulho, inveja, etc. São como almofadas de sofá, feitas de veludo e ricamente bordadas — mas cujo interior é cheio de feno.

Um hipócrita pode oferecer sacrifício com Caim, correr com Jezabel, se  humilhar com Acabe, chorar com as lágrimas de Esaú, beijar Cristo com  Judas, seguir a Cristo com Demas, e aparentar compromisso com Simão  Mago; e ainda com tudo isto seu interior é tão mau quanto qualquer um deles. 

Um hipócrita é um Jacó por fora e um Esaú por dentro; um Davi por  fora e um Saul por dentro; um Pedro por fora e um Judas por dentro; um  santo por fora e um Satanás por dentro; um anjo por fora e um demônio por  dentro. Um hipócrita é um Judeu exteriormente — mas um ateu, um pagão,  um infiel interiormente. Li sobre certas estátuas, assemelhando-se a Júpiter e  Netuno, que por fora eram cobertas com ouro e pérola — mas por dentro  não tinham outra coisa senão aranhas e teias de aranha; a comparação perfeita  com os hipócritas.

Aquele monge acertou quando disse: “Mostrar ser um monge de forma  externa foi fácil — mas ser, de fato, um monge, interiormente, foi difícil.” Mostrar ser um cristão de forma externa é fácil — mas ser, de fato, um  cristão, interiormente, é muito difícil. O interior de um hipócrita nunca reflete  ou corresponde ao seu interior; seu interior é perverso, e seu exterior é piedoso. Mas que todos os hipócritas saibam: fingir santidade é duplamente  iníquo, e ao fim terão de responder por isto.”

Todas as pessoas mencionadas por Thomas Brooks, tinham algo em comum – tiveram acesso a verdade, ou conhecimento intelectual sobre Deus, mas Deus nunca foi o deleite deles. Essa é uma forma de descobrirmos os primeiros passos sutis da hipocrisia, ainda que insipientes. Essa é a única coisa que nos livra de estarmos fazendo coisas para edificar nosso próprio nome, fingindo ( mesmo que não percebamos ainda ) – que estamos empenhados em viver, edificar vida e ministério para a glória de Deus.

George Mueller (alemão - nasceu como: Johann Georg Ferdinand Müller ) (27 de setembro de 1805 - 10 de março de 1898), um cristão evangelista e diretor do Ashley Down orphanage em Bristol, Inglaterra , cuidou de 10.024  órfãos em sua vida. Ele ficou bem conhecida por fornecer uma educação às crianças sob seus cuidados. Ele também estabeleceu 117 escolas que ofereciam educação cristã a mais de 120 mil crianças, muitas delas sendo órfãos.) disse:

"De acordo com minha opinião, o ponto mais importante a ser entendido para que o que fazemos não se tornar meramente algo humanista (focado no homem) e sutilmente nos encher de orgulho em edificar um nome, é o seguinte:  Acima de tudo o que fizer, busquem fazer com que suas almas estejam completamente felizes no Senhor. Outras coisas podem pressionar você, a obra do Senhor pode até ter reivindicações urgentes sobre sua atenção... mas nossa questão não é sua obra, mas o deleite no próprio Deus. Eis o antídoto contra todo orgulho e hipocrisia que nos faz estar focados no homem.

Eu deliberadamente vou repetir, é de suprema e fundamental importância que você deve procurar, acima de tudo,  ter as vossas almas verdadeiramente feliz em Deus! dia-a-dia procurem fazer disso o negócio mais importante da sua vida. O completo deleite em Deus nos livra da dependência dos resultados e da visão do homem sobre nós e nosso ministério.

Esta tem sido minha firme e resolvida condição nos últimos trinta e cinco anos. Nos primeiros quatro anos depois da minha conversão eu não sabia de sua vasta importância, mas agora, depois de muita experiência, eu recomendo especialmente neste momento ao conhecimento de meus irmãos mais jovens e irmãs em Cristo: o segredo da todo verdadeiro serviço eficaz é a alegria em Deus, ter conhecimento experimental e comunhão com o próprio Deus".

                                                       Sola Gratia! - Josemar Bessa

terça-feira, 14 de maio de 2013

Pode crê...

                                                 Imagem: Vanessa Siqueira
Por Pedro Paulo

O título desse post já foi o clichê de uma gíria muito usada há um tempo atrás e que de forma popular se dizia comumente: "Podi crê". Mas, o que me motivou a escrever novamente após um tempo, foi somente o tanto que me tocou o artigo "Crê Simplesmente" de Alessandra Dantas publicado na Ultimato Online e que eu tive oportunidade de republicar no dia 07 deste mês.

Relutava em escrever porque venho postando sobre muitos temas relevantes de grandes escritores. Mas, os acontecimentos que presenciei nos últimos dias me despertaram para a grande realidade de que muitos usam o nome de Deus apenas quando sentem que as coisas não deram certo para elas. Então, "pode crê" que elas vão sentir um vazio muito grande, como diz o verso de Provérbios 14:13. "Até no riso tem dor o coração, e o fim da alegria é tristeza."

Quando crescemos e nos tornamos adultos, somos tentados a pensar que sabemos tudo e isso às vezes nos impede de crer nas coisas mais simples. Isso ocorre comigo também. Precisamos despertar aquela criança que existiu em nós, porque assim fica mais fácil acreditar e esse acreditar implica fé. Para ter fé é necessário crer e esse é o princípio básico da vida de todo cristão.

Bem, as coisas podem não ser tão simples para uns, para outros ou para nós, porém uma coisa é certa, com fé tudo pode ser diferente. Muitas pessoas são levadas a recusar que Deus é o seu norte e não entendo por que agem assim, mas vejo nelas o olhar sempre longe e um sorriso desbotado. Essa é uma realidade muito triste podem acreditar ou pode crê...

domingo, 12 de maio de 2013

ACORDAR

Por Pedro João Costa 

Vida intensa
Recebi como sorte.
Enfrentei desafios,
Apenas,  por não saber,
Oficinas de ocasião.
Pois seguir a sina
É a vida por permissão.
Como os pássaros e as flores,
Tudo o que se tem que fazer
Na vida, é viver.
Vivência efêmera, sinuosa e completa.
Plena, no fundo d`alma,
Apenas, por querer viver.
Que não me falte companhias,
Se em amor acordar,
O vínculo da perfeição.
                         
Pedro João Costa (20-03-13): Colaborador deste blog desde 2010.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Crê Simplesmente

Alessandra Dantas

Quando somos crianças tudo parece fácil, não apenas porque habitualmente temos alguém ao nosso lado que cuida e se encarrega de suprir aquilo que nos falta. A criança tem o dom da ingenuidade, não apenas têm a capacidade de sonhar como a de crer firmemente de que tudo é possível. Em seu universo infantil, criam histórias fantásticas, brincam com seus caminhões de bombeiros e suas bonecas, são capazes de aceitar que não há regras, apenas o trabalho dos pais de corrigir-lhes e mostrar-lhes todos os limites possíveis.

Logo crescemos e deixamos de ser ingênuos, já não temos ilusões e necessitamos de normas e regras para tudo. Já não aceitamos que há situações em que não há regras estabelecidas, tampouco lutamos para mudar as regras de nossa própria vida e de nossos sonhos. A vontade de crescer torna-nos independentes e deixamos de crê. ... Bem, lá onde ficou a criança, ficaram nossos sonhos...

Alguma vez, já parou para pensar que na vida não existe antecipação nem adiantamento, somente o tempo propicio de cada um? Que tudo esta certo e justo e em que não há nada a fazer a não ser melhorar o nosso próprio modo de ver e entender as coisas? As respostas a essas perguntas se alicerçam nas palavras de Jesus: ‘’até os fios de cabelo da nossa cabeça estão todos contados’’ (Lc. 12:7). É a convicção ajustada a uma compreensão ilimitada dos desígnios corretos e infalíveis da Providência de Deus.

Isso não é uma fuga da realidade, a busca por um ‘’nirvana’’ desconhecido, é apenas ter confiança. Fugimos constantemente de nossos sentimentos interiores por não confiarmos em nosso poder pessoal de transformação e dessa forma, forjamos um disfarce para sermos apresentados diante dos outros. Vestimos, gesticulamos, escrevemos e damos nossas opiniões como se fossemos o outro, realmente representando, porém, uma farsa psicológica.

Máscaras fazem parte de nossa existência, uma vez que todos nós não somos totalmente bons ou totalmente maus e não podemos fugir de nossas lutas internas; Mas, uma coisa é certa: devemos nos analisar como realmente somos. Aceitar nossa porção amarga do dia a dia é o primeiro passo para uma transformação. E quando você achar que está amargo demais, observe a natureza, volte ao passado, busque a criança dentro de você. Seja levado. Volte à inocência, volte a acreditar. Em qualquer coisa, mas acredite! Simplesmente acredite.

Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/cre-simplesmente

quinta-feira, 2 de maio de 2013

MEUS LIVROS MEUS LÍRIOS

                                   site da imagem studiomangarosa.com.br
Por Maria Helena Costa

Minha história com os livros brotou como amor antigo
Pois só na maturidade deles me tornei íntima.
Nossas dobras fazem hoje um par de encontros perfeitos:
Na rua e em casa, na cama, na mesa e na cozinha.

Meu objeto mais íntimo, despido de qualquer pudor,
Fazemos os caminhos mais doces e talvez os mais loucos
Em todos os nossos momentos de amor...
Ah! E com a fidelidade dos que não mais necessitam juras de amor...

Com eles conheço ruas, calçadas e avenidas,
Países longínquos, terras as mais distantes.
Saboreio do manjar o mais doce, da maldade a mais amarga,
E aprendo, sobretudo, que o conhecimento não finda com a madrugada...

Sou Suassuna, sou Regina de Paula, sou Lucinda, Guimarães e Adélia.
Vivo dos poemas mais lindos e também dos mais inquietos,
Sou o desencontro do humano nas letras que buracos fazem,
Que escavando a alma, deitando-se na prosa acalmam.

Esse enlace com o livro concedido pela vida,
São os lírios do meu campo que povoam em cada canto,
De novo e em cada instante, meu lar, minha morada.

São passagens, são passadas, que estrangeiro se refaz.
Cada sopro de um livro um sulco no meu peito crava,
Fazendo ressurgir o meu jeito sempre novo, assim como o meu olhar...

Extraído do livro Borboletrando na vida de Maria Helena Costa