sábado, 28 de novembro de 2015

Você tem medo de falhar?



Por: Dr. Richard L. Pratt Jr.


Um amigo certa vez me disse: “Meu temor do fracasso tem causado um grande problema entre meus familiares e eu. Eu não passo muito tempo com eles durante a semana. Eu receio tanto fracassar profissionalmente que isso me faz trabalhar dia e noite. Mas também acabo não passando muito tempo com eles nos finais de semana. O temor de fracassar em algo que não estou habituado a fazer absolutamente me paralisa”.

Mesmo se não formos a extremos como o do meu amigo, a possibilidade do fracasso não é algo de que gostamos. Todos nós deixamos de fazer aquilo que devemos fazer. Falhamos em nosso casamento, em criar nossos filhos, em nossas amizades, na escola, em nossas carreiras, na nossa vida de igreja – e, muitas vezes, com consequências devastadoras. Não surpreende, pois, que uma vez ou outra todos nós tenhamos um temor de fracassar.

As Escrituras apresentam uma série de perspectivas cruciais que nos ajudam a lidar com esse desafio. Abordaremos duas facetas do que elas ensinam: por que tememos o fracasso e como o fracasso pode ser uma oportunidade positiva para a esperança.

Por que tememos o fracasso?

Todos nós temos nossas razões pessoais para termos medo do fracasso, mas a Bíblia nos conduz à raiz do problema. Nós temos medo do fracasso porque não fomos criados para ele. Deus sempre está no controle soberano de todos os nossos defeitos, contudo, desde o princípio, Deus não nos criou para fracassar, mas para sermos bem-sucedidos em nosso serviço a ele.

Os capítulos iniciais de Gênesis claramente ensinam essa perspectiva. Em Gênesis 1.26, Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. E o que isso significa? Nos versículos 28-31, descobrimos que fomos criados para ser bem-sucedidos em uma missão muito importante: “E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai […]”. O restante da Escritura elabora o objetivo dessa missão. Estamos nos preparando para o dia em que Deus encherá a terra da sua glória e receberá louvores sem fim de toda criatura. Fomos feitos para sermos bem-sucedidos nessa missão, não para fracassar.

Por que, então, falhamos tantas vezes? Gênesis 3.17-19 indica que a frequente futilidade dos nossos esforços na vida é a consequência do pecado. A nossa prisão ao fracasso não ocorreu na criação, mas resultou do julgamento de Deus contra nós. Assim, é de todo correto anelarmos por sermos redimidos de todo fracasso e de todo temor que ele traz.

Como o fracasso pode se tornar esperança?

As Escrituras não nos deixam anelando por redenção do fracasso e do temor. Elas nos dizem que Cristo veio em carne e cumpriu cada mandamento de Deus para reverter os efeitos do pecado de Adão. Cristo até mesmo se entregou na cruz como um pagamento pelos pecados do seu povo e ressuscitou em novidade de vida por nossa causa. Era isso que Paulo tinha em mente ao escrever: “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Coríntios 15.21). Como a sua justa recompensa, o Pai ressuscitou Cristo e o fez assentar à sua mão direita. De lá, ele continua a cumprir a tarefa que Deus deu à humanidade no princípio. E, quando ele retornar em glória, ele fará novas todas as coisas. Naquele tempo, Deus encherá a criação da sua glória de tal maneira que “ao nome de Jesus se dobr[ará] todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confess[ará] que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.10-11).

De que maneira tudo o que Cristo fez pode nos ajudar a tornar os nossos fracassos em esperança? Por um lado, a sua vitória nos livra de toda falsa esperança que tínhamos. Pode parecer estranho, mas o sucesso na verdade cria grandes problemas para as pessoas ao longo da Bíblia. Ele dá à luz as mentiras de que alcançamos a vitória por nós mesmos e de que o sucesso nas coisas desta vida é o que mais importa. Contudo, essas mentiras nunca nos satisfazem por muito tempo. À medida que o tempo passa, elas nos levam a mais terríveis fracassos.

Por outro lado, quando reconhecemos que apenas Cristo foi bem-sucedido em cumprir plenamente o serviço humano a Deus, recebemos a firme esperança de que, um dia, triunfaremos sobre todos os nossos fracassos. A vida, morte, ressurreição e ascensão de Cristo provam que ele derrotou a tirania do pecado e a consequência do fracasso, bem como – e aqui está a grande maravilha – que ele compartilha o seu sucesso com todos aqueles que nele confiam e o seguem. Com essa firme confiança em Cristo, sabemos que todo sucesso nesta vida resulta da sua obra em nós, e não dos nossos próprios esforços. Mais do que isso, mesmo os nossos fracassos nesta vida mantêm os nossos olhos fixos naquilo que mais importa para nós. Em vez de colocar as nossas esperanças nesta vida, depositamos as nossas esperanças no mundo por vir. Lá partilharemos plenamente da vitória de Cristo e nunca mais teremos qualquer temor de fracassar novamente.


Dr. Richard Pratt Jr. : é fundador e presidente do Third Millennium Ministries e professor adjunto no Reformed Theological Seminary em Orlando, Flórida, EUA.


sábado, 21 de novembro de 2015

Servir: o DNA da GRAÇA!


Por Robson Santos Sarmento


‘’Para o seguidor de Cristo, servir não representa algo a ser alcançado, mas a consequência prática de quem trilha pelo discipulado. ’’


Os líderes retratados pela história humana demonstram uma inclinação para terem a condução do destino de muitos. Dou uma pincelada a mais, cada vez mais, encontramos toda uma abundância de enfoques sobre uma convergência entre a denominada liderança secular e cristã, como um divisor de águas para o avanço do Reino de Deus.

Evidentemente, de forma alguma, devemos afastar todo o benefício proporcionado pela criatividade e pela potencialidade, concedido ao ser humano.

Agora, as andanças de Jesus, aqui neste oikos, traçaram outras nuances, em função de sustentar a liderança no amor prático e efetivo, no diálogo ponderador e concreto as situações da vida, como o mais importante, ou seja, reconhecer a relevância de todo ser humano, o valor de terem sido feitos como imagem de uma criação original e não frutos de uma necessidade.

De observar, muitos atrelam o serviço a uma visão pragmática de consolidar a liderança, como um meio para culminar na condição de liderança aprovada e reconhecida; entretanto, será isso mesmo?

Valho – me das palavras de T.W. Manson, a saber: ‘’no Reino de Deus, o serviço não é uma subida de degraus rumo a nobreza, porque ele é a nobreza, o único tipo de nobreza realmente reconhecido’’.

Sem sombra de dúvida, fomos criados com valores intrínsecos, com a capacidade criativa e inspiradora. Destarte, o papel dos seguidores de Cristo passa e perpassa pelo serviço e não pela exploração; por serem respeitados e compreendidos (segundo a palavra) e não manipulados, tratados como marionete, iludidos por promessas fabulosas e mais assemelhadas a sublimados contos do vigário.

Infelizmente, cada vez mais, percebe – se os mosaicos de uma liderança, ao qual faz das pessoas seguidoras exclusivas de personalidades carismáticas, de lideranças, embora, aparentemente, eficientes e eficazes, resumidas a eventos, a simpósios, a métodos, a sistemas e subsistemas, a programas e a estratégias, enquanto as pessoas são retiradas do enfoque fundamental do trabalho da Cruz de Cristo.

Eis os espinhos a serem retirados, diante de um cenário evangélico, por onde pessoas são vistas e tratadas como objetos e não serem humanos, suas vidas integrais depende de um aval ou não dessas lideranças (com quem caso o que compro ou não, faço ou não faço) e, indiscutivelmente, são reduzidas a bonecos adestrados misturados a multidões desesperançadas e alimentadas com um discurso positivista travestido de uma aura divina.

Não por menos, o servir se constitui no DNA da liderança apregoada por Cristo, em função de desmoronar o individualismo escondido numa aparente intimidade e predestinação com Deus, num isolamento das pessoas e da vida para uma hipotética vida de santidade e, por fim, terminam por construir uma biografia egoísta e narcisista, senhor de si mesmo.

Verdadeiramente, o DNA do cristão representa arregaçar as mangas e um complementar o outro, com o agregar e a soma dos aspectos positivos (das potencialidades) e isto envolve e compensam as fraquezas, as fragilidades, as vulnerabilidades, como também traz o desafio de uns prestar constas aos outros, ou seja, relacionamento pautado em uma convivência sobre responsabilidade compartilhada com o outro, não com só com Deus, livra – nos da opulenta ilusão de que nos bastamos, conforme o texto de Provérbios 12.15.

Ademais, o discípulo segue ao seu mestre e, aqui, a ideia fundamental, o coração – útero, a ênfase se encontra no serviço, no DNA DA GRAÇA, João 13.12 – 17; 1 Pedro 5.5; Gálatas 5.13.


Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/servir-o-dna-da-graca

domingo, 15 de novembro de 2015

Como o conforto do Espírito nos sustenta!


Por Josemar Bessa


Estava olhando hoje um volume de um grande puritano chamado Wilhelmus à Brakel ( 1635-1711 ) – Em sua maravilhosa obra - Christian's Reasonable Service – Publicado pela primeira vez em 1700.

No volume 1, perto do fim do capítulo sobre a Trindade, ele fala sobre as operações do Espírito Santo dentro do crente. Brekel cita seis maneiras como o Espírito Santo nos sustenta com seu conforto:

1. O Espírito nos mostra que a cruz que devemos ter é tão leve que não é digna de ser algo que tire nossas forças ou desanime. Isto torna-se especialmente evidente quando Ele concentra a nossa atenção sobre a glória futura que será em breve nossa: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” ( Romanos 8.18 ).

2.  O Espírito nos mostra a brevidade do levar a cruz como sendo apenas um momento: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” - 2 Coríntios 4:17. Aquilo que ocorreu ontem já não existe, e que virá no amanhã não sabemos. Nós temos o presente meramente que passa tão rapidamente quanto a progressão do tempo. O que é a nossa vida, quando comparada com a eternidade?

3.  Ele nos mostra as vantagens ocultas nas nossas tribulações. Ele nos mostra como ela nos humilha, nos torna submissos, nos desmama do mundo, nos ensina a depender de Deus e confiar nele somente, e como nós crescemos em santidade segundo o testemunho do apóstolo: “Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” - Hebreus 12:10,11

4.  O Espírito nos mostra que nosso caminho é o caminho de Deus - pelo qual Ele leva todos os seus filhos para o céu. Ele nos mostra que tudo flui da vontade soberana de Deus, que Ele exerce com pura sabedoria e bondade, para lidar conosco dessa forma. Junto com isso, Ele nos dá o amor pela vontade de Deus, de modo que estamos de acordo feliz com a Sua vontade, levando-nos a orar, " E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres... E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.” - Mateus 26:39, 42.

5.  O Espírito nos assegura do amor e da graça de Deus em relação a nós e que temos achado graça aos seus olhos. Tal testemunho é suficiente para nos levar a considerar a nossa cruz como insignificante: “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” - 2 Coríntios 12:9.

6.  O Espírito nos mostra que o resultado final de nossas aflições serão coerentes com o que temos vivido hoje. Ele nos mostra que a nossa cruz não vai ser nem muito pesada nem vamos ser obrigados a suportá-la por mais tempo do que o necessário para o intento de Deus. Nada vai nos sobrecarregar, pois Ele estará conosco, mesmo quando tivermos que passar pela água e fogo. Como resultado, os rios vão nos afogar, nem o fogo nos queimar: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” -  Isaías 43:2


Fonte: http://www.josemarbessa.com/2015/11/como-o-conforto-do-espirito-nos-sustenta.html

domingo, 8 de novembro de 2015

Protestantes que não protestam

Por Derval Dasilio          

“Não há um justo, sequer um…”
Romanos 3.9-18

“Só tu me remiste, Deus da verdade.”
Salmo 31

Cuidemos do princípio protestante, como lembrava Paul Tillich. Este imprime a intuição sobre a função histórica do protestantismo. Ele desmascara os ídolos religiosos, os santos e as imagens, como as máscaras da religião, os ídolos políticos, os governantes, os pastores, e o próprio “status quo” das igrejas oficiais e influentes quanto ao exercício das leis que regem uma nação, e do moralismo hipócrita das elites burguesas eclesiásticas ou pretensamente cristãs.

Sobre tais assuntos, regidos por três pontos: “Sola Gratia”, “Sola Fide” e “Sola Scriptura” (Só a Graça, Só a Fé e Só a Escritura). “Só a Escritura” é um princípio que evoca o esforço de volta às fontes do Cristianismo.

A Reforma, no tabuleiro das políticas ocidentais, deu o xeque-mate ao mundo espiritual imperialista, autoritário, absoluto, que pretendia governar o mundo com vestes clericais e símbolos religiosos que impõem poder aos tiranos, dão-lhes a força das armas e poder político absoluto, enquanto enfraquece os suspiros dos oprimidos. O poder político-religioso era questionado desde as fortalezas e portões de ferro que separavam pobres e fracos dos dominadores imperiais e poderosos.

Em questão as denúncias protestantes: “prerrogativas do estado religioso sobre o estado civil”; “prerrogativas de instâncias religiosas oficiais sobre a interpretação das Escrituras”; “prerrogativas divinas para os mestres da igreja”; “prerrogativas para convocar a igreja aos concílios, para receberem suas orientações” (conformação tirânica aceita por consenso inautêntico). Representando a tirania eclesiástica, uma igreja na Alemanha mantinha 17.413 relíquias sagradas, para as quais se exigia veneração mediante pagamento de indulgência, comportando 128.000 anos de "direito à salvação do inferno, e lugar garantido no céu".

A Reforma afirma que a Graça vem da iniciativa de Deus, e não pela oferta da salvação homologada pela Igreja; a Salvação é a “fides” concreta, “fides incarnata”, fé ativa nas obras que libertam. O discipulado cristão vem em primeiro lugar, pelo testemunho libertador das Escrituras, em favor das liberdades humanas.

Necessitamos do protestantismo bem identificado, porque nem todos evangélicos são “protestantes”, no rigor do termo. Nada, no mundo eclesiástico, é mais representativo da Reforma que o movimento pela unidade dos cristãos, sob a orientação revolucionária, em torno de diaconias libertárias.

O CMI (Conselho Mundial de Igrejas) e suas filiadas, representam um movimento de solidariedade aos oprimidos do mundo inteiro. Inclusive a Criação, o Planeta Terra, aviltados e espoliados; inclusive os desterrados e refugiados, banidos, excluídos, os pobres, os famintos, em todos os quadrantes do mundo habitado (“oikumene”).

A oração ecumênica, pronunciada em todas as línguas e dialetos, em toda a parte, evoca a confiança que as Escrituras oferecem aos cristãos: "Na nova era, a comunidade mundial será redimida. Sob a égide de Deus, estabelece-se uma nova etapa na história do mundo. O relacionamento com Deus será tão íntimo que Deus se dispõe a responder aos oprimidos mesmo antes que estes o procurem. A oração ecumênica: Deus, em tua Graça, transforma o mundo, é também o clamor do cristianismo ecumênico". Nos opositores da Reforma se encontrará também uma espécie de ódio filial à própria matriz comum da Igreja Apostólica total, geral (“ekklesia katholikos”).

A misericórdia de Deus se apresenta aos homens e mulheres pecadores presos aos sistemas de pensar do passado autoritário; sua compaixão pelos pecadores presos à sua religião e doutrinas, como a do particularismo denominacional, ou religioso, se manifesta. Porque os homens e as mulheres, além de não encontrarem salvação em suas obras, não se salvam nem de si mesmos e nem da corrupção ou depravação que os acompanham (João Calvino). Comentando o Catecismo de Calvino, Karl Barth diz mais: “É Deus quem toma a iniciativa de salvação; é Deus que vem ao encontro do homem para salvá-lo”.

Nada levará à salvação, libertação material ou espiritual; nada se assemelha à gratuidade divina. Lutero diria mais, escrevendo a Melanchton angustiado por sentir que não podia livrar-se por si mesmo do pecado: “Esto peccator et pecca fortiteter, sed fortius fide” (“seja um pecador, e peca fortemente, mas creia ainda mais firmemente”; esteja confiante na graça da salvação).

Teses da Reforma, hoje, não passam de “lembranças nebulosas”, em várias situações. Protestantes “não protestam mais”, ao que parece. Resignam-se ou se submetem aos poderes opressores. O corporativismo evangélico funciona como uma mordaça, não lembra a unidade na Reforma, nem de longe. Mas, "se todo mundo é evangélico, ninguém é evangélico” (Luiz Longuini Neto).

Resta dizer que a oikumene compreendia a Igreja católica, originalmente universal, abrangente, total (katholikos), no Protestantismo emergente. A democracia do laós (povo) de Deus, nunca existiu na totalidade, ao que parece, porque ainda está por vir. Ou, se existe em muitas comunidades reformadas, está por restringir-se, ou em retrocesso, onde foi alcançada. Creio.

Essa era a Igreja que restara do cisma de 1054, no Ocidente. O princípio “Igreja reformada sempre se reformando” vigia desde séculos, segundo a patrística cristã. Reformava-se a Igreja dentro da Igreja. Nenhum reformador falou da criação de outras igrejas. Menos de dois séculos depois, a Reforma era traída pelo denominacionalismo individualista e, posteriormente, pelo evangelicalismo exclusivista. Protestantes são apontados como crentes que não protestam mais.

Foto: Ang Leach/Freeimages.com

Derval Dasilio: É pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como “Pedagogia da Ganância" (2013) e "O Dragão que Habita em Nós” (2010).