segunda-feira, 9 de maio de 2016

Um Negócio da China!


Por Iracema Claro


Quem não quer um negócio da China? Eu,não!( nada contra os chineses, eu os amo).
O negócio da China ao que me parece, tem transformado toda matéria prima que lhes chegam às mãos em objetos baratos e descartáveis. Todos os dias chegam aos portos Chineses centenas de toneladas de matéria prima. Alguns navios chegam com "florestas inteiras". A natureza geme e o ser humano também! Ambição, insanidade, poder e então, produzir nas 24 horas do dia, 365 dias ano e vender ao mundo mercadorias baratas que na sua maioria não tem conserto ou simplesmente não vale a pena o custo para tal. Só os chineses fazem isso? Infelizmente não. Que triste!
Temos vivido a prática do comprar, comprar o mais moderno e depois? Depois, a gente joga fora.
A insanidade do ganhar e do poder - comprar barato para ganhar mais, para quê? Para gastar.
O nosso mundo está se tornando descartável ou um lixão globalizado? Quem arrisca um palpite? No nosso mundo azul, não tem lata de lixo que nos livre do nosso próprio lixo. O lixo que produzimos sempre fica aqui e em nós. O espaço? Já tem lixo demais! O lixo espacial já está caindo sobre as nossas cabeças! Quem liga? Transformamos a natureza criada em coisas descartáveis, em lixo. Ao meu olhar, o pior é que nos acostumamos com isso. Nos acostumamos a descartar. Aos olhos dessa nova sociedade que nos tornamos, o que é bom é quase sempre o que não dá trabalho. Estamos aprendendo a desvalorização. Cresce a cultura dos que querem obter o objeto de seu desejo compulsivamente, ansiosamente e imediatamente. O que estamos fazendo com a natureza? O que estamos fazendo com a nossa humanidade e com os nossos relacionamentos?
Olhando de fora (como se isso fosse possível), Vejo a banalização refletida em todas as áreas da nossa sociedade.É de dar dó, pena mesmo! Relacionamentos costumavam ser duradouros, hoje, comum são os rasos, porque vivemos a cultura do descarte, da indiferença. Casais tornaram-se com frequência impacientes um com o outro, estressados, ansiosos, há dificuldade em doar tempo ao outro por conta da correria. No tempo da minha avó era melhor, todo mundo tinha a segunda, terceira, quarta chance, as pessoas tinham postura e palavra. Pessoas doavam tempo pro outro no olhar demorado, no ouvir com paciência, no conserto e no perdão. No lugar da suspeita, elas tinham confiança! Hoje, a gente nem acredita quando está assinado no papel. Me parece que tudo isso é um tiro no nosso próprio pé. Ou seria um tiro no coração?
Olhar com seriedade e gratidão a criação, ajustar o GPS em direção a Deus, penso ser a solução.
Somos desafiados a transformar nossas mentes, ensinar e respeitar o que nos foi dado de graça e pela graça. O dinheiro só compra o que é descartável e efêmero. O que é grandioso e eterno não tem preço!
O valor verdadeiro está em amar O Criador de maneira tal, que transbordemos este amor na criação.
Que a gente use com sabedoria o nosso tempo e nossos recursos.
Que a gente não despreze e não desperdice.
Que a gente ame o Criador e aprenda...
Deus não tem lata de lixo!


Fonte: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/um-negocio-da-china

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