Francis August Schaeffer (1912-1984), teólogo presbiteriano, definiu com precisão que “a verdadeira espiritualidade” somente poderia ser desfrutada na vida cristã. A declaração categórica fora feita em 1971 na publicação de seu livro, “True Spirituality” (A Verdadeira Espiritualidade) e, na ocasião, os ventos da pós-modernidade ainda não eram tão fortes e destruidores como os da presente era. Contudo, Schaeffer percebeu a necessidade de apontar a singularidade do cristianismo e o seu benefício resultante, isto é, a fé cristã é a única expressão religiosa capaz de proporcionar uma espiritualidade sadia e verdadeira, pois é a única voz no mundo que proclama Jesus Cristo, Filho de Deus, como o salvador dos homens e doador da vida.
Fala-se muito em espiritualidade hoje em dia. Na verdade o tema está na moda há quase uma década. Livros, conferências, workshops e até palestras nos ambientes empresariais estão sendo oferecidos, abordando a importância da espiritualidade na vida do homem contemporâneo. Todavia, muito desse novo interesse vem marcado por um sincretismo religioso em muitos casos, por experiências sensoriais de caráter esotérico em outros tantos, ou, ainda, por uma espiritualidade desengajada e descomprometida com a eclésia ou qualquer forma de vínculo comunitário/institucional. Em outras palavras, muitos querem se conectar com o divino, mas não querem assumir compromissos que decorrem de uma vida espiritual autêntica.
Profissão de fé (reconhecimento e confissão da singularidade e exclusividade soteriológica do Senhor Jesus Cristo), adoração (louvor, oração, eucaristia e leitura das Escrituras Sagradas) e missão (aplicação das Escrituras Sagradas, engajamento eclesial, batismo, comunhão, serviço ao próximo, prática missional, ética, missão integral) são elementos que decorrem de uma espiritualidade que nasce do encontro do pecador com Jesus Cristo, Filho de Deus, Homem/Deus.
Tentar ser espiritual e negligenciar tais compreensões é negação e desperdício de uma fé cristã genuína e, consequentemente, da verdadeira espiritualidade.
Soli Deo Gloria!!!
Idauro Campos. É pastor congregacional. Colabora com Genizah
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