sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FÓTON


















Imagem: http://www.tutoriart.com.br

Por Pedro Costa

O mínimo que se espera do intelectual é que ele
seja agnóstico.
Será?

Exerço o silêncio como a justiça do bom senso.
Talvez o silêncio como exercício da justiça do bom senso
Pudesse consertar o que não pode ser.

Tanto querer nos vulnerabiliza,
Tanta querência nos exaspera
E solicita-nos às angústias e neuroses.

A civilização se primou
No mal estar absoluto.
O antropos evoluiu a sociologia do caos previsível,
Autônomo, histórico e progressivo.

Juramos amor e vivenciamos o ódio,
Criamos valores e ética e a estética arte
De captar a luz e seu registro instantâneo.

Traímos nossos ídolos e ícones,
Constituímos populações de sado-masoquistas medíocres.
Contaminamo-nos com a peste emocional
E contagiamos a terra, o ar, a á agua e o fogo.

Assimilamos a mesquinhes e perpetuamos
A insensatez lato sensu.
Somos seres entorpecidos, aliciados, instituídos,
Adormecidos, sonâmbulos, anômalos, amorfos e apáticos.

O sonho de humanidade é utópico.
Humanidade é utopia.

Pedro Costa (11/02/09): Colaborador deste blog desde 2010.

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