sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Eternidade














Mora em mim alguma coisa
que não é uma quimera,
ou ilusão,
nem é também um desejo
de viver apenas.
Mas, mora em mim
como uma coisa forte,
mais forte que meros mortais
não podem compreender...
E este desejo de viver
que mora em mim
é assim tão contundente,
como a fome e a sede
que não se consomem.

Mora em mim alguma coisa
tão inquietante
que vai muito além,
muito além do infinito
que desejaria dominar.
Sei que mora em mim
alguma coisa inebriante
que revelará um dia,
quem semeou nos meus sonhos
mais velados,
esse desejo de um viver pulsante
que mora em mim.

Mora em mim eu sei
e haverei de encontrar um dia
quem semeou essa semente,
que fez brotar
esse encantamento em mim.
Esse encantamento
que vem despindo,
despindo minha alma nua,
de uma existência tocante
que não vivi ainda.

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