segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Sabedoria com conhecimento, força com solidez


Leonel Elizeu Valer Dos Santos

“O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força.” Pv 24; 5

Estamos acostumados à ideia que um mal pode anexar outro, “progredir” em sua decadência. “Um abismo chama outro abismo…” Sal 42; 7 ou: “…se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado;” Is 30; 1

É próprio de nossa natureza nos aprofundarmos naquilo que aprovamos. Seja na floresta da virtude ou do vício, com o decurso do tempo, “afundamos” na mata.

No verso supra Salomão apresenta um virtuoso que complementa um bem com outro; sabedoria com conhecimento; força com solidez. Claro que, nem todos são radicais; totalmente dados ao erro, ou, à virtude. Há em grande monta os medíocres que são uma mistura de “água e vinagre”. Digo, que andando na senda da virtude repousam um pouco à sombra do erro; ou, que adentrando à mata do vício, vez por outra acampam na clareira dos bons valores. Aliás, desse tipo somos, a imensa maioria.

Dados os pleitos opostos de corpo e espírito, nossa alma busca agradar ambos. Quem lograr atender apenas um, será um santo, ou, devasso, conforme sua escolha.

Vamos nos deter, por ora, na presunção de um ousado que anele ser santo; acrescer virtude a virtude; andar de glória em glória, de valor em valor. Contra a inclinação natural, tal presumido venturoso não se amoldará à mediocridade. Além da digna opção pelo trabalho, por exemplo, terá a excelência na execução, como testemunho da nobreza de sua índole. Acrescentar sabedoria ao conhecimento, preceituou o sábio.

Certa vez durante um churrasco na praia um irmão perguntou-me em pleno almoço: “Defina a diferença entre sabedoria e conhecimento.” Ora, aquilo me pegou de surpresa, pelo local e hora inusitados, bem como o peso da tarefa proposta. Respondi o que me ocorreu na hora, mais para me desincumbir que por saber deveras o que dizia. Um homem de conhecimento espiritual sabe que “ficarão de fora os mentirosos, - disse – um sábio, não mente.

Ele sorriu satisfeito com o resposta. Eu não estava mui certo que dissera o que devia. Depois, pensando melhor, cheguei à conclusão que a resposta nem fora tão ruim como pensava. Foi definido o conhecimento como estar de posse de uma informação, no caso, de cunho espiritual; isso é pacífico, afinal, é um bem teórico; e a sabedoria, com agir conforme o conhecimento.

Sim, o conhecimento de per si é amoral; pode ser acessório ao vício ou virtude. Fazendo a segunda escolha sustentará à sabedoria. Assim, chegamos ao segundo preceito: Consolidar a força.

Sim, o fato de algo ser forte não o faz sólido, necessariamente. O concreto usado na construção civil, por exemplo: Se misturado na devida proporção é muito forte. Entretanto, antes de solidificar pela ação do tempo e ambiente é frágil de modo que pode ser perfurado com a mão. Conheço pessoas que para o trabalho são robustas como um baobá; mas, de alma, frágeis como uma samambaia. Essa mistura de força e fragilidade resulta na preponderância da última; pois, acaba sendo a alma que direciona o corpo naqueles que não têm vida espiritual sadia.

Mesmo que, no conhecimento a alma tire dez, por capitular aos anseios do corpo, acaba levando um zero em vontade, determinação; e nas coisas espirituais, não somos aprovados com “média cinco”.

Ainda que descansemos em mérito alheio, de Cristo, nosso arrependimento e confissão devem ser radicais, cabais. Nosso esforço em progredir na prática da vontade expressa de Deus é um “mérito” do qual não podemos prescindir, se, somos cristãos de fato.

Quem ousar sair do centro confortável da maioria, certamente enfrentará oposição por duas razões: Primeiro, sua excelência o fará sobressair despertando inveja; depois, sua vida acabará expondo de modo cristalino a mediocridade que o rodeia. Entretanto, quem não fizer tal escolha de ser sal e luz ao preço que for, acabará com a pecha de mornidão espiritual, como denunciou o Senhor, no Apocalipse: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” Apoc 3; 15 e 16

Na verdade, por irônico que pareça, consolidamos “nossa” força dependendo totalmente da força do Todo Poderoso. Ensinou Paulo: “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza… Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12; 9 e 10 Assim, quem venceu o Mundo, a carne, o pecado, a morte, é o Forte. Jesus Cristo. E quem repousa na Sua sombra, consolida sua salvação.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O cântico de Simeão








John Stott

“Meus olhos já viram a tua salvação… luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo.” [Lucas 2.30,32]
Hoje seremos apresentados a esse homem piedoso, chamado Simeão. Ele aguardava ansiosamente o Messias, e Deus lhe disse que ele não morreria antes de vê-lo. Movido pelo Espírito Santo, ele entrou no pátio do templo no momento exato em que José e Maria chegavam ali com seu filho de oito dias. Foi um exemplo maravilhoso de sincronização divina.
Naquele instante, Simeão teve discernimento espiritual para reconhecer Jesus. Ele o tomou nos braços, não instintivamente, para dar-lhe um abraço, mas como um gesto simbólico de reconhecimento, que ele deixou evidente em seu cântico: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo” (Lc 2.29).
Primeiramente, Simeão viu Jesus como a salvação de Deus. O que seus olhos tinham visto foi o filho de Maria; o que ele disse ter visto foi a salvação de Deus, o Messias que Deus havia enviado para nos libertar da pena e da prisão do pecado.
Em segundo lugar, Simeão viu Jesus como a luz do mundo, que iluminaria as nações e traria glória a Israel. Conscientemente ou não, ele ecoou Isaías 49.6, um versículo que mais tarde teve um importante papel na teologia missionária de Paulo.
Em terceiro lugar, Simeão viu Jesus como um motivo de divisão, uma rocha que seria tropeço para alguns e edificação para outros. Ele faria com que alguns se erguessem e que outros caíssem. Diante de Jesus, a neutralidade é impossível.
A história de Simeão é uma lição acerca da nossa condição espiritual. Que Deus nos conceda o discernimento para vermos, sob a superfície das aparências, a realidade de Jesus Cristo!
Para saber mais: Lucas 2.25-35
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ilegalidade: uma palavra pesada


Por Pedro Paulo

Em Mateus 5.20, Jesus disse aos seus discípulos: "Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus". O farisaísmo era a seita religiosa mais forte que dividiam os judeus na Palestina. Primavam-se pelo rigor na observância de algumas leis que julgavam ser de uma pureza absoluta. Jesus não só reprovou as atitudes dos religiosos de sua época, como expôs a cegueira deles. Sempre se referia a eles chamando-os de hipócritas e, creio, essa é a melhor forma como se pode identificar o tremendo engano em que viviam: a hipocrisia religiosa.

No final do Sermão da montanha Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor,Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus… Então lhes direi claramente:Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Mateus cap. 7:21-23.

Nos originais do grego o termo anomia é a palavra iniquidade, que tem a sua definição sucinta como: ilegalidade, ou o desprezo pela Lei de Deus. Ilegalidade também significa: injustiça, desobediência, pecado. Ainda temos que, "anomia (pecado) inclui o final do impacto da quebra da lei, ou seja, sua influência sobre uma pessoa alma (estado diante de Deus)".

A ilegalidade, ou podemos dizer o pecado, levou os religiosos fariseus a substituírem a Lei de Deus pelas tradições, por isso se encheram de falsos ensinamentos. Eles se apresentavam como protótipo de uma pessoa irrepreensível, perfeita; porém o legalismo os faziam subir no pedestal da vaidade (religiosa). Não reconheciam suas fraquezas e limitações, se achavam pessoas suficientes apenas pelas suas práticas religiosas. Suas condutas os distanciavam cada vez mais do amor e da misericórdia de Deus.

Precisamos discernir o grande perigo que ronda os nossos dias, o farisaísmo, porque a hipocrisia religiosa ainda continua gerando discípulos e Deus não pode tolerar a iniquidade. O Senhor usou o seu profeta para dizer ao povo essas palavras que lemos em Isaías no capítulo 1.13  "Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene". 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Nada acontece se você se permanece atrás

 Por:Daniel Nogueira

Ontem ouvi na minha igreja uma mensagem que eu gostei muito e queria de registrá-la aqui, antes que eu a esqueça (rs). Foi ministrada pelo pastor Rick Addison, da igreja The Grace Place da Flórida. Se você entende bem inglês ou espanhol, pode conferir o áudio da mensagem original no site da igreja River Valley (mensagem do dia 22/set/2013).


"E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?E, quando subiram para o barco, acalmou o vento."Mateus 14:26-32

A vida é feita de oportunidades. Diversas oportunidades passam por nós todos os dias da nossa vida. Aproveitar a oportunidade na maioria das vezes envolve arriscar-se. Alguém uma vez disse algo parecido com:

"É possível consolar-se por haver falhado ao tomar alguma oportunidade, mas não existe consolo para o fato de não ter aproveitado uma oportunidade. Você nunca saberá se teria falhado ou não."
Em outras palavras, se você arriscar-se em aproveitar uma oportunidade, você pode ter sucesso ou falhar. No pior caso você vai falhar e consolar-se depois dizendo: eu pelo menos tentei. Por outro lado, se você nem sequer tentar, nunca poderá consolar-se pelo que nunca aconteceu.

O sucesso envolve risco. Nada acontece se você não se arrisca. Se você permanece atrás e não dá um passo adiante. Pedro nunca teria caminhado sobre as águas se não tivesse dito a Jesus: "Se és tu, deixa-me ir ter contigo". Pedro falhou ao caminhar sobre as águas? De certo ponto de vista sim, pois no final ele se afundou. Mas por outro lado, ele foi o único ser-humano (além de Jesus) que andou sobre as águas!

O que ocorreu com os 11 discípulos que permaneceram no barco? Eles não tiveram essa experiência maravilhosa e única. Você nunca vai experimentar o sucesso na vida se você não se arriscar. Sucesso envolve risco. Se você não quiser se arriscar, viverá uma vida normal, mediana. Mas você pode viver grandes momentos na sua vida e fazer algo que nunca ninguém antes fez, se você aceitar arriscar-se.

É importante entender que falhar é normal. Falhar é inerente à vida humana. Mas você precisa aprender a lidar com a falha. Se você falhar, tente novamente. Se você falhar na próxima, tente falhar diferente, tentando falhar "melhor" ou com mais "estilo".

Uma vez um repórter estava entrevistando um cientista que havia descoberto uma vacina importante contra uma doença. E ele havia tentado antes e falhado cerca de 200 vezes! O repórter lhe perguntou "como você se sente tendo falhado 200 vezes?". Ele respondeu: "Eu não falhei 200 vezes. Eu descobri 200 formas de não conseguir essa vacina." Conclusão: encare a falha de forma natural. Errar é humano. Tente novamente de outra forma. Não desista por mais que falhe muitas vezes. O sucesso pode estar logo ali, na próxima tentativa!

As vezes as pessoas pensam que um caminho "não é de Deus" porque está difícil. Esse pensamento está muito equivocado. Não existe o momento ideal para se obter sucesso. Muitas vezes o sucesso virá em momentos completamente adversos. No caso de Pedro, qual momento você escolheria para andar sobre as águas? Eu escolheria um momento em que a água estivesse como um espelho (bem plano, sem onda nenhuma), escolheria uma hora do dia em que estivesse bem claro (não 3 horas da madrugada), e que não houvesse vento nenhum. Mas Pedro não se importou com o momento. A oportunidade de andar sobre as águas era aquela e ele aproveitou! Ele andou sobre as águas! Se estivesse esperado o momento ideal, nunca andaria. Você pode pensar: mas ele falhou! Ele começou a se afundar! Eu diria: não, ele não falhou! Quem falhou foram os 11 discípulos "medrosos" que permaneceram dentro do barco.

Existem muitos cristãos "medrosos" que estão permanecendo dentro do barco. Mas Deus quer que nós demos um passo além. Que nós nos atrevamos a agir por fé. Não é um passo de fé em você mesmo. É um passo de fé em Jesus, e sabendo que Ele irá com você. E que, com Ele, você pode todas as coisas. Como disse Paulo:

"Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" - Filipenses 4:13
Não tenha medo de falhar. Você pode falhar X vezes. Mas o capítulo final da sua vida ainda não foi escrita. Mesmo que você tenha tido até agora uma vida cheia de fracasso, saiba: o sucesso pode estar bem diante de você. Apenas tenha fé em Jesus e siga adiante. Lembre-se do que Jesus disse:
"E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus" - Lucas 9:62
Olhar para trás não é a atitude que Deus quer de nós. Pelo contrário, devemos esquecer as coisas que ficaram para trás (nossos erros, nossos fracassos anteriores), ter fé em Cristo e prosseguir adiante. Como Paulo disse:
"Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." - Filipenses 3:13-14

Fonte: http://blogdodanielnogueira.blogspot.com.br/2013/09/mudamos.html 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

As aparências enganam...


















Por Pedro Paulo

O ditado as aparências enganam é geralmente muito usado quando as pessoas são vítimas do alheio ou ainda podemos dizer que esse se dá quando as pessoas tem uma decepção. Esse ditado me veio à lembrança quando estive meditando na parábola do mordomo infiel que Jesus contou para os seus discípulos e somente Lucas o descreve em seu Evangelho no capítulo 16:1-13.

A função de um mordomo é de administrar uma casa e de acordo com o relato desta parábola, o mordomo mesmo sendo infiel foi elogiado pelo seu senhor pela sua sagacidade e inteligência, pois ele agiu prevenindo a sua sobrevivência e o seu futuro. Ao contá-la, Jesus não estava elogiando aquele mordomo infiel por sua falta de honestidade, mas apenas pela sua prudência. Nela, Jesus mostra que a prudência é fundamental na vida de cada um dos seus discípulos.

A prudencia é considerada como uma virtude que faz prever ou procura evitar as inconveniências e os perigos, também é definida como cautela, precaução. Jesus advertiu os seus discípulos que buscassem a característica da prudência a todo o momento. Vejamos no Evangelho de Mateus cap. 7:15, "Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores". Novamente em Mateus cap. 10:16, "Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas".

Analisando Mateus 7:15, notamos que os lobos foram usados como símbolo do mal, que representam os falsos ensinadores dos quais Jesus adverte para termos prudência e não nos envolvermos com eles, pois se disfarçam de ovelhas que vem para roubar. Já em Mateus 10:16, observamos que embora a serpente seja o maior símbolo do mal da corrupção e do pecado em toda a Escritura, ela foi destacada como um bom animal quando se trata da prudência.

Nos originais do grego o termo oikonomos significa mordomo. Essa palavra grega oikonomos tem em sua formação a junção de dois termos distintos: oikós (casa) e nomos (ordem ou lei). Portanto, significa que mordomo é aquele que tem a responsabilidade de colocar a casa em ordem, aquele que deve administrar a casa. O termo economia da nossa língua foi herdado do termo grego oikonomia, que significa também administração.

Desejo dizer aqui que embora muitos pensem que mordomia se refere à economia (dinheiro) apenas, enganam-se, pois vemos que o apóstolo Paulo em suas cartas faz o uso dessa expressão para designar uma "dispensação" do Evangelho. Vamos deixar as citações (I Coríntios 9:17. Efésios 1:10. Efésios 3:2. Efésios 3:9. Colossenses 1:25, e I Timóteo 1:4). Creio que a intenção de Jesus em usar esse personagem (mordomo) denominado infiel, foi para demonstrar a grande importância pelo significado que ele representa em si.

Na verdade, o termo grego oikonomia se refere a "gestão de uma casa ou de assuntos domésticos e especialmente a (religiosa) economia". A administração de propriedade alheia foi especificamente transferida por Paulo num sentido teocrático (de dever) ou "dispensação" confiada a ele por Deus (o Senhor e Mestre) para anunciar aos homens as bênçãos e as boas novas do Evangelho.

Portanto, devemos estar alertas cuidando da gestão da nossa casa (espiritual, onde Deus deve reinar) de modo que possamos desvendar as pessoas e as situações que possam tentar nos desviar da sã doutrina. Deus não se agrada de uma religiosidade que não seja pura e não aceita uma religião de aparência.

Jesus disse em Mateus 23.27, "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!"

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

COMO É BOM DEPENDER DE DEUS…


Por Marcelo

Cada dia mais, as pessoas estão buscando essa tal “independência”. O filho não quer depender dos pais, a mulher não quer depender do marido, o homem não quer depender do patrão, e por aí vai.
O problema é que muitas vezes, com nossa arrogância, achamos que também não precisamos depender de Deus, e nem percebemos que depender d’Ele é algo maravilhoso.
É como um bebê, que não precisa se preocupar com seu alimento, suas roupas, ou em trocar suas próprias fraldas. Ele possui uma mãe para cuidar de tudo isso; ele realmente não precisa se preocupar com nada!
Não estou dizendo que não precisamos fazer nada em nossa vida, e ficar só esperando as coisas acontecerem sozinhas, mas estou dizendo que dependemos completamente de Deus. Veja:
"Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." Salmos 127:1
"Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do Senhor vem a vitória." Provérbios 21:31
Devemos fazer nossa parte sim, mas sempre nos lembrando que é do Senhor que vem a vitória. Não morra de preocupação, e quando conquistar algo, dê o crédito a Deus!
Um abraço!

domingo, 24 de novembro de 2013

Desistir?


















Por Pedro João Costa

Já faço parte dos que desistem...
Tudo que esperava,
não vejo.

Desisti!
Desisto todo dia.
Sou entrego a morte,
Cotidianamente.

Guardei a imprescindível
E preciosíssima, fé.
  Me equivoquei,
Por nada saber, desde sempre.

Tenho sorte,
Deus nada sabe
dessas minhas coisas...
PÉS DIVINOS,
Trilharam caminhos
Dos homens...

Pedro João Costa (05/11/13): Colaborador deste blog desde 2010.

sábado, 23 de novembro de 2013

Ponto Final Aqui


Por Pedro João Costa

Reticência...
Mas agora
Tudo vai bem;
Vai bem longe
Do ponto final.

Questionar?
Não há alguém que possa !
Existir já
Não tem resposta.

Proposta?
Sempre sim!
Pois a escolha
Define infinitos fins.

Todo imprevisto
Inesperado
Nada isolado ou errado
Viver a vida é
Pacote fechado
Em sequência
De baús lacrados...

Aqui o ponto
Extraordinário
Extraterrestre
Celestial
Imaginando começos,
Sofremos de ponto final.

Pedro João Costa (05/07/06): Colaborador deste blog desde 2010.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

As rasuras "de Deus"


Leonel Elizeu Valer Dos Santos

“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14; 12

O proverbial “as aparências enganam” tem origem, ou, similar, na Bíblia, como vemos. Concedo a dúvida por que pensadores pré-socráticos como Heráclito e outros denunciavam também o logro das aparências. Josué pecou ao não desconfiar delas. Os gibeonitas precisavam convencê-lo que eram peregrinos de origem remota; usaram pães bolorentos e vestes rotas para emprestar verossimilhança à sua história.

O pleito que uma imagem vale por mil palavras dá pano pra manga se examinado; uma das variáveis desse “valor” é que torna mais convincente o ver; ainda que enganoso.

Entretanto, o ver no dito de Salomão, supra, alinha-se mais à opinião que propriamente visão. Os caminhos atraentes parecem direitos aos humanos mais pelo que acham, que pelo que veem. Claro que o achar deriva das circunstâncias visíveis. A visão humana geralmente é tributária das experiências, o que cabe com sobra dentro de um século de vida; isso contraposto a Deus, que além de Onisciente é Eterno resulta pífio. Daí que, contrariar um preceito Divino baseado em idiossincrasias encerra o risco de encontrar a morte no final.

Quando o navio que levava Paulo preso a Roma estava mercê da decisão de zarpar ou não, houve um choque de posições entre o experiente capitão e o servo de Deus. “E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava, dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas. Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre, do que no que dizia Paulo.” Atos 27; 9 a 11 A experiência humana arrostando a Palavra de Deus dada por Seu servo; acabou em naufrágio, sabemos.

Outro exemplo de alguém que deixou o caminho de Deus por uma “nova opinião” ainda que dada como oriunda do Eterno é o Profeta jovem que profetizou em Betel contra Jeroboão e o altar. A ordem era que não comesse nem bebesse nada lá; mais, que voltasse por outro caminho. Ele aceitou a “nova revelação” do profeta experiente, e isso lhe custou a vida. Ver, I Rs cap 13. 

Ora, se Deus dissesse algo e carecesse emendar depois, não seria o Eterno; sofreria ação do tempo. Contudo, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente”. Heb 13; 8.

Assim, todos os “profetas” que vieram após o encerramento do Cânon em Apocalipse, não passam de emendas, rasuras, “de Deus”, o que os desqualifica cabalmente. Seja Ellen White, Joseph Smith, Charles Russel, ou quem for. Ainda que misturem seus escritos com verdades Bíblicas. Do que é verdadeiro a Bíblia já contém “tudo o que diz respeito à vida e piedade.” Como ensina Pedro. Assim, tal repetição não é necessária, senão, como engodo para emprestar verossimilhança às heresias infiltradas.

Paulo declarou anátema ao “novo evangelho” que se infiltrara na Galácia. Depois explicou que nem era novo o texto, mas, pervertida a interpretação. “O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1; 7 e 8

Mas, se os caminhos atraentes podem resultar em morte no fim, como fazer nossa escolha, se, estamos ainda no começo? Deus ensina: “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.” Is 46; 9 e 10

Essa comichão por novidades deveria ser doença apenas do mundo; mas, verifica-se na igreja também. Paulo advertiu dela, aliás: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4; 3 e 4

Depois de tal advertência exortou ao Jovem Pastor à sobriedade. Em quê ela consiste? “Porventura o ouvido não provará as palavras, como o paladar prova as comidas?” Jó 12; 11 O choque entre essência e aparência deve ser visível para quem tem discernimento espiritual, como denunciou o mesmo Paulo sobre os “fiéis” dos “tempos trabalhosos;” “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tim 3; 5 Nem sempre estreitamento equivale ao “caminho estreito”; mas, a dar largas às comichões heréticas.

Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/as-rasuras-de-deus

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Maldição Póstuma
















Por Pedro João Costa

Sempre temos manhãs devassas
Um ano, um tempo, uma vez
Dois tempos sem.
Os mares de prazer possuem águas
De sonhos e de ilusões
Mas prazer eterno
Só no sal
Tempero das fantasias.

Sou mais prevenido que eu mesmo.
Revirei poemas, lírios todos os poetas
Escritos atores poetizas heresias
Li suas intimidades
Invadi privacidades
Interpretei o que não podia
E nem sequer queriam.

Difamei palavras, pensamentos e obras alheios.
Não me envergonho o suficiente,
Tive rigor no ultraje sensível
E essa maldição póstuma
Dos autores que só queriam ser
Seres solitários, únicos, anônimos, inúteis,
À humanidade civilizada
Virá sobre mim,
Revirando meus ossos
Tocando minha ilharga
E o tendão da minha coxa esquerda.

A minha lembrança titubeará cambaleante
Sem repousar em paz
No Hades dos escritores.
Condenado
Só ando embriagado
E sóbrio inexisto.

Pedro João Costa (30/08/06): Colaborador deste blog desde 2010.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Vitória pela Derrota












                                



Por Pedro Paulo

Marcos cap. 2:1-12, narra a história do paralítico de Cafarnaum que foi conduzido por quatro homens até uma casa onde Jesus estava ensinando a palavra. Como vemos no texto, se juntaram ali tantas pessoas que nem junto à porta cabiam, assim, os quatro decidiram descer o paralítico pelo telhado na esperança de que Jesus pudesse oferecer-lhe a cura. Entretanto, para a surpresa de todos a primeira palavra de Jesus para o paralítico foi: "Filho, perdoados estão os teus pecados". 

Essas palavras causaram uma murmuração geral, pois de acordo com a narrativa estavam ali os chefes religiosos da época que aguardavam ver algo sobrenatural ou até um milagre. Assim, Jesus conhecendo o coração daqueles que arrazoavam disse: "Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa". Esse é um resumo dos fatos, mas a nossa observação é que surpreso mesmo deve ter ficado aquele paralítico. 

Vejamos bem, a ordem de Jesus foi muito clara para ele: "...toma o teu leito,e vai para a tua casa". Fico pensando que depois de ter recebido a cura tão desejada, aquele homem queria tão somente se ver livre daquele leito. Não sabemos quantos  e quantos  anos ele viveu ali entrevado, sem liberdade para se locomover, mas Jesus disse a ele: "...toma o teu leito, e vai para a tua casa". 

Sendo um pouco cômico, no lugar dele eu compraria um sofá ou uma rede para eu deitar e até dormir, mas aquela cama eu nunca mais desejaria ver na minha frente. Na minha imaginação, se fosse comigo eu desejaria repousar ou dormir noutro lugar, menos naquele leito que penso eu, pode ter sido uma verdadeira prisão para ele ou talvez tenha sido o lugar das suas amarguras. 

Poderíamos pensar que naquela hora estava sendo decretada a derrota final para sua vida e para sempre. Porém, o rumo traçado nessa história foi o caminho da vitória pela derrota. O Senhor ofereceu a ele primeiramente o perdão, depois a cura e a seguir o melhor caminho. O perdão é um processo de cura que promove a saúde em todos os seus aspectos. Deus deseja fazer assim conosco, o sacrifício de Jesus é a grande prova do Seu amor por nós.

Ainda no evangelho de Marcos 2:17, Jesus revelou sua missão dizendo: "...Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores". No ato em que Jesus nos oferece o perdão, Ele cancela o débito dos nossos pecados e ainda promove a remoção da culpa que tornou amargo o nosso coração, plantando ali o amor que tudo cura e que tudo transforma. 

O que esse leito então poderia significar para todos nós, senão o lugar mais íntimo nosso, como o lugar onde nós realmente podemos nos despir. O lugar onde de fato podemos ser nós mesmos, tirar as nossas máscaras, assumir os nossos erros sem medo. Onde podemos sentir medo, por que não? O Senhor nos mostra que o lugar em que pensamos ser o da amar-gura, é o lugar do amar-cura, Ele nos ama e somente Ele pode nos oferecer o melhor caminho...

sábado, 9 de novembro de 2013

Os mal-entendidos...


















"Os mal-entendidos são a essência da comunicação".  (Lacan)

Por Pedro Costa

Nada nos revelará
Velar as dores.
Acordes de corações em desatinos;
Em desafinos
Agudo em ré
Graves em nós.

Cortejo funesto
Contradiz dobras e restos
Além de laços
Amarras de amores-perfeitos.

Constelação de sonhos
Turbilhões de desejo.
Atropelos em vias
Expressa desalento
De olhar desatento.

Desponta no horizonte
Novas e luzeiros
Que cego teima não ver,
O sorrateiro alvorecer,
Do mal-entendido,
A fala-silêncio da emoção.

Imperador da essência
Volatiliza a comunicação,
Ardor fluindo
Viés da relação,
Que a cada vez
Nada sabe de tudo.

Pedro Costa (04/06/12): Colaborador deste blog desde 2010.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A moral de Deus e a liberdade em Cristo

Daniel Nogueira

Outro dia assisti à entrevista do professor de filosofia Clóvis de Barros no Jô Soares. Embora a parte que ganhou mais repercussão nas redes sociais foi a parte na qual ele conta como descobriu a sua vocação para professor, eu queria chamar atenção para uma outra parte: a que ele ensina o que é moral.
Segundo ele, moral é o conjunto de valores que você possui aos quais você é fiel independente do olhar da sociedade sobre você. Isto é, você age sempre conforme esses valores, independente se alguém está olhando ou não. E exemplificando ele falou algo interessante: quando o governo coloca câmeras de vigilância nas escolas, ele está “desmoralizando” o ensino. Isso porque o estudante perde a oportunidade de aprender a agir conforme os seus valores morais, e aprende a viver sob o olhar repressor da vigilância. Dessa forma ele acaba assimilando que só precisa se comportar bem porque está sendo vigiado (e não devido aos valores morais que deveria ter).
Outro exemplo que ele deu foi de quando ele estava em um país da Europa e encontrou na rua um banquinho com uma caixa cheia de jornais e uma outra caixa ao lado com o dinheiro das pessoas que compraram jornal. E ele ficou observando ali um tempo e via que as pessoas pegavam o jornal e deixavam o dinheiro na caixa ao lado. Ele contou em tom de brincadeira que teve vontade de jogar todos os jornais num lago que havia perto, pegar todo o dinheiro pra ele, e ainda quebrar o banquinho num telefone público para eles verem “com quem estavam mexendo”. kkkk Mas, ao contrário, ele pegou um jornal, deixou o dinheiro lá, pegou parte do troco (porque como não havia troco suficiente a caixinha ainda ficou devendo troco para ele), e foi embora.
Se você tiver a oportunidade de viajar para alguns países de primeiro mundo, observará muitos lugares que funcionam exatamente da mesma forma (na base da confiança nos valores morais). Ao contrário do que ocorre no Brasil, não existe muito a preocupação de criar mecanismos que evitem que as pessoas façam coisas erradas. Por exemplo, em Valencia na Espanha em algumas regiões é possível entrar no metrô sem passar por uma “catraca”. As máquinas de venda e validação do cartão de metrô ficam próximo à linha e você deve comprar e validar o seu cartão antes de entrar no metrô. Não existe nenhum mecanismo que te impeça de pegar o metrô sem validar, exceto na região mais central onde o metrô é subterrâneo e aí sim existe catraca. Meu amigo disse que em Edimburgo na Escócia, a pessoa que entra em um ônibus deve colocar numa caixinha ao lado do motorista o valor equivalente à passagem. Detalhe: o motorista só olha de longe e não confere o valor antes de você colocar lá (a não ser que você mostre a ele explicitamente). O que ocorre na prática é que as pessoas já acostumadas nem se preocupam e depositam o valor sem sequer mostrar ao motorista. Pra complicar mais, o sistema não permite troco! Ou seja, se você colocar dinheiro a mais o azar é o seu. Se não tiver trocado você deve colocar um valor acima da passagem. Mas ainda assim ele disse que o sistema funciona muito bem. Já aqui no Brasil, para implantar o BRT (um tipo de ônibus maior que abre as portas todas juntas para acelerar o embarque e desembarque de passageiros), a prefeitura de Belo Horizonte teve que implantar uma espécie de “cápsulas fechadas” equipadas com catracas e paredes para impedir que as pessoas entrem no ônibus sem pagar a passagem (vide imagem abaixo).









Eu te pergunto: em qual sociedade você preferiria viver? Numa sociedade de primeiro mundo na qual as pessoas valorizam educação e aprendem a viver os valores morais, independente de estarem sendo vigiadas? Ou preferiria viver numa sociedade de terceiro mundo na qual as pessoas, ao invés de ensinar os valores morais, se preocupam em criar mecanismos repressores para impedir que as pessoas façam o que não deveriam? Acho que a resposta é óbvia.
Um paralelo disso pode ser feito com a nossa vida espiritual. Na igreja primitiva dos Colossenses, Paulo ficou sabendo que eles estavam seguindo algumas ordenanças que ele chamou de “preceitos e doutrinas dos homens”.
"Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.” - Colossenses 2:20-23
Observe que essas regras de “não tocar, não provar, não manusear” tinham uma falsa aparência de sabedoria, mas na verdade serviam apenas para a satisfação da carne. Ou seja, não tinham proveito nenhum para o espírito. Traduzindo: ninguém aprende nenhum valor moral seguindo ordenanças. É preciso aprender valores e não criar regras de conduta.
Isso ocorre muito nos nossos dias. Muita gente cheia de “boas intenções” pensa que é importante criar regras para que os cristão sigam. E milhões de regras são criadas do tipo “não pode isso… não pode aquilo…”. São tantos “nãos” que muitas pessoas pensam que ser cristão significa viver uma vida cheia de proibição. Mas pelo contrário, Jesus é a verdade que liberta. E onde está o Espírito Santo de Deus aí há liberdade!
"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." 2 Coríntios 3:17
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32
O que esses criadores de regras não percebem, é que estão “desmoralizando” a igreja. Isto é, estão impedindo o desenvolvimento de valores morais e do discernimento. É importante tentar analisar as questões da vida individualmente e buscar saber o que Deus diz sobre cada questão. Do contrário estaremos criando uma população religiosa e legalista que segue alguns preceitos mas nem sabe bem o porquê, e até mesmo condena sem piedade quem não segue os mesmos preceitos. E, o que é pior, muitas vezes só seguem os preceitos enquanto estão sob o olhar dos membros da igreja.
É importantíssimo desenvolver o nosso discernimento, aprendendo a conferir na palavra de Deus sobre todas as questões da vida. Como os crentes da igreja de Beréia que eram mais excelentes porque conferiam nas escrituras tudo o que aprendiam (Atos 17:11). Devemos nos perguntar: “O que a Bíblia diz sobre esse assunto?” Ou também “Como esse assunto foi tratado na história da igreja?” (desde a igreja primitiva até nós).
Além disso, não podemos impor o nosso entendimento aos demais. Não devemos julgar para que não sejamos julgados. Paulo ensinou em Romanos 14 que cada um deve fazer tudo para a glória de Deus. Não devemos desprezar o próximo só porque ele entendeu que deve guardar o sábado, por exemplo. Se um faz diferença entre dias, ou julga todos os dias iguais, o faz para a glória de Deus. Cada um dará conta de si mesmo a Deus. Não precisamos viver como câmeras de vigilância para saber se os outros estão agindo conforme o meu entendimento. O Espírito Santo é que trabalha nos corações das pessoas para convencê-las do pecado, e não nós apontando o dedo para julgar, acusar, ou impor a nossa interpretação da bíblia.
Deus quer que tenhamos uma nova vida de liberdade em Cristo, andando em Espírito - isto é, seguindo os valores de Deus - independente de estar ou não sendo visto pelos irmãos da igreja ou até mesmo pela sociedade. Assim viveremos a moral de Deus e não necessitaremos mais das amarras repressoras da mentalidade de terceiro mundo.

Fonte:http://danielnogueir.tumblr.com/page/2

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FÓTON


















Imagem: http://www.tutoriart.com.br

Por Pedro Costa

O mínimo que se espera do intelectual é que ele
seja agnóstico.
Será?

Exerço o silêncio como a justiça do bom senso.
Talvez o silêncio como exercício da justiça do bom senso
Pudesse consertar o que não pode ser.

Tanto querer nos vulnerabiliza,
Tanta querência nos exaspera
E solicita-nos às angústias e neuroses.

A civilização se primou
No mal estar absoluto.
O antropos evoluiu a sociologia do caos previsível,
Autônomo, histórico e progressivo.

Juramos amor e vivenciamos o ódio,
Criamos valores e ética e a estética arte
De captar a luz e seu registro instantâneo.

Traímos nossos ídolos e ícones,
Constituímos populações de sado-masoquistas medíocres.
Contaminamo-nos com a peste emocional
E contagiamos a terra, o ar, a á agua e o fogo.

Assimilamos a mesquinhes e perpetuamos
A insensatez lato sensu.
Somos seres entorpecidos, aliciados, instituídos,
Adormecidos, sonâmbulos, anômalos, amorfos e apáticos.

O sonho de humanidade é utópico.
Humanidade é utopia.

Pedro Costa (11/02/09): Colaborador deste blog desde 2010.

domingo, 27 de outubro de 2013

Manifestar significa...






















Imagem:http://renovacast.com.br

Por: Pedro Paulo

As pessoas tem saído às ruas em protesto no Brasil desde Junho deste ano para reivindicar os seus direitos de cidadãos, pois elas se perceberam sem esses direitos. A indignação não se monta  por uma questão apenas, mas seria muito penoso narrar aqui tudo que tem sido negado ao povo com relação a saúde (ou falta dela), educação, transporte, moradia, etc. Essa indignação estampada nas ruas se faz evidente não só nas faixas, como também na face de todos que saem em protesto. Mas, o pior é a corrupção... 

O que essas manifestações tem a ver com nós cristãos? Não concordamos com nenhum tipo de vandalismo, mas como cristãos não podemos ficar calados diante a inércia daqueles que deveriam governar para o bem-estar de todos. O que ocorre no nosso país revela que essa corrupção parece ser hereditária. Devemos além de orar, manifestar deixando claro a nossa intolerância aos direitos de cidadãos que nos são negados quase, sempre...

Nos originais do grego manifestar é o termo phaneroo que tem na sua raiz phos ("luz") e significa: revelar, dar a conhecer, evidenciar, deixar claro (aparente), tornar visível, mostrar, etc. 

Pois bem,  phosphorus é o termo grego que significa simplesmente: luz. Observamos ainda que o termo phos (um substantivo neutro) significa corretamente, a luz (especialmente em termos de seus resultados, o que se manifesta) no NT, a manifestação da vida auto-existente de Deus, divina iluminação para revelar e transmitir a vida.

O Verbo de Deus (a Palavra) precedeu o "Haja luz" de Gêneis 3:3. Deus se revela na Sua palavra e nela temos o pleno conhecimento que de fato Deus é Santo e justo e Ele não tolera a injustiça. A condição humana negativa tem levado o homem a um insuficiente conhecimento de Deus. Nas Escrituras vemos as advertências de Deus contra a balança enganosa, contra o pecado, contra os governantes pela prática de uma politica enganosa e dos seus erros, contra os falsos profetas e o falso culto.

Deus é Luz e nEle não há trevas, Ele não pode tolerar o pecado que se opõe e contradiz o Seu padrão de Santidade. Tolerar no original grego é aphiémi e significa permitir. No latim tolerância procede de tolero, que significa suportar um peso ou a constância em suportar algo. Embora tolerar tenha significado positivo como a capacidade de ser indulgente para com os outros, ela pode ser negativa quando passa a ser permissiva com relação ao erro e o pecado.

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, o pecado porém deixou essa imagem totalmente desfigurada. "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou". Epístola aos Romanos cap. 1:18-19.

Essa ira de Deus é contra o homem que pratica o pecado, não é como a nossa, um sentimento ruim e egoísta. A ira de Deus é a reação do Deus Santo contra a perversidade humana. Os teólogos dizem sabiamente que o zelo (ou amor) de Deus pelo homem se manifesta no juízo exercido por Ele para aplacar essa ira. Houve por bem a Deus revelar-se em Sua misericórdia através do sacrifício de Jesus Cristo, para nos resgatar dos nossos pecados. 

Na verdade o ser humano encontra-se perdido como que em um labirinto e precisa ser resgatado e a palavra de Deus se manifestou em esperança para os homens. Em João 17:6, Jesus orando ao Pai disse: "Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra".

Guardar a palavra de Deus no coração nessa hora, mas sem ser tolerante com aqueles que praticam a injustiça, pois sabemos que a nossa esperança está em Jesus que prometeu conforme lemos em Mateus 5:6 "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos".

sábado, 12 de outubro de 2013

Jesus + Nada!

Daniel Nogueira

"E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.”
Existem poucas parábolas que são tão claras quanto essa. Acho que talvez seja fácil entender essa parábola porque a sociedade a nossa volta é bem parecida com a sociedade da época de Jesus. Nessa parábola Jesus mostra o comportamento de duas pessoas diferentes: um religioso que confiava em si mesmo, crendo que era justo, e desprezava os outros; e um publicano (naquela época os publicanos eram muito mal vistos na sociedade, e eram marginalizado pelos religiosos) que sabia que era pecador e confessava isso. O religioso confiava em suas boas obras para justificar-se diante de Deus: dizia que não era ladrão, nem injusto, nem adúltero, nem publicano (isto é, traidor, corrupto, etc). Já o publicano sabia que era pecador e se aproximava de Deus inteiramente confiado na sua misericórdia. Ele se humilhava diante de Deus e sua oração foi a menor e mais simples possível: ”Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”. Jesus esclarece que o publicano é que voltou para casa justificado, pois se humilhou diante de Deus, ao contrário do fariseu.
Dessa parábola podemos tirar uma grande lição. Existem dois tipos de pessoas: as que sabem que são pecadoras e reconhecem que necessitam de Jesus, e as que pensam que não são pecadoras e/ou não necessitam de Jesus. O mais interessante é que o segundo grupo de pessoas pode ser composto tanto por agnósticos/ateus e não-cristãos quanto por religiosos! Entenda uma coisa: não confie em você mesmo, pois você NUNCA poderá justificar-se diante de Deus. Porque? Porque você - assim como eu! - é um pobre pecador que não tem nenhum direito além da morte. A bíblia diz que o salário do pecado é a morte. Portanto, nós como pecadores só temos direito a um salário: à morte. - ou vai me dizer que você nunca pecou?
Mas Deus mesmo, sabendo da nossa fragilidade e impotência, providenciou um escape para nós: a morte do seu filho Jesus na cruz em nosso lugar. Deus mesmo enviou seu próprio filho para viver uma vida perfeita e oferecer um único sacrifício perfeito e agradável a Deus, para que nós, mediante a fé em Jesus, pudéssemos alcançar o perdão dos nossos pecados. Essa são as boas novas! Nós não merecemos, mas Deus providenciou uma salvação para nós: Jesus. E isso é a Graça de Deus! Ele fez TUDO para que nós não precisássemos fazer NADA além de crer pela fé em Jesus!
Paulo entendeu bem isso e ensinou:
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Efésios 2:8-9
Quão bom é compreender a GRAÇA de Deus. Quando você entende isso você descansa, pois sabe que não precisa fazer nada além de receber Jesus como seu único e suficiente salvador. Que verdade libertadora! Agora eu não preciso me preocupar em viver uma vida de sacrifícios, auto-flagelo, longas orações, longos jejuns, etc… Não! A obra já está consumada! Jesus fez tudo para nos justificar! Para de tentar se justificar vivendo uma vida “religiosa”. Uma falsa religiosidade que só te traz orgulho e faz você se crer superior e desprezar aos outros! Compreender a graça de Deus é compreender o quão impotentes somos e saber que toda a nossa salvação está em uma única pessoa: Jesus! Quão paradoxal é um cristão orgulhoso! hahaha Se é orgulhoso não pode ser seguidor de Cristo!
Eu te convido a receber a Jesus no seu coração. Aceite o seu sacrifício na cruz por você! E descanse na graça de Deus! Humilhe-se diante da potente mão de Deus confessando que você é um pecador e não pode fazer nada para se salvar! Faça isso e creia em Jesus que ele mesmo te justificará, pois ele já fez tudo!
"Mas, a todos quantos o receberam [a Jesus], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;" João 1:12
A partir de aí Jesus te convida a viver uma vida emocionante, confiado inteiramente na sua graça, e descobrir quão ricas bençãos Ele tem para seus seguidores! Siga a Jesus você também e descubra quão maravilhoso é viver uma vida confiado em um amor tão grande e incondicional!

sábado, 5 de outubro de 2013

Quer contar vantagem?



A GLÓRIA DO HOMEM

Leitura: Jeremias 9:23-26

“Quem se gloriar, glorie-se nisto:
em compreender-me e conhecer-me,
pois eu sou o Senhor.”
(Jeremias 9:24)


É impressionante como as pessoas tentam obter sucesso, como fazem de tudo para atingir a fama. Em muitas situações até usam artifícios duvidosos para alcançar notoriedade nacional e internacional. Gostam de aparecer diante dos holofotes da mídia, dos microfones e nas primeiras páginas dos jornais e revistas. Infelizmente não se dão conta de que essa fama e essa glória são curtas e passageiras, pois já dizia o salmista: “nada levará consigo quando morrer...” (Salmo 49:17).

Por outro lado, há uma tendência natural do ser humano em elogiar a si mesmo. De se achar o bom. Se os outros não o aplaudem e dizem maravilhas a seu respeito, ele mesmo trata de aparecer e vangloriar-se de coisas que fez e até do que deixou de fazer. É interessante que não percebam a má impressão que causam com isso. Por meio do profeta Jeremias, o Senhor Deus já advertia que as pessoas não devem vangloriar-se: basta ler o versículo 23 da leitura. Isso não quer dizer que a pessoa não deva ser sábia, forte ou rica. Deus até afirma que quem não tem sabedoria, deve pedi-la a ele. O que Deus condena é que a pessoa use isso para a sua glória pessoal e em detrimento do próximo. Depois de desaprovar essa atitude, a Palavra de Deus mostra-nos no versículo de hoje qual é a verdadeira glória do homem.

Não há nada mais glorioso do que conhecer o Deus verdadeiro, o Criador dos céus e da terra. O Deus soberano e misericordioso, mas também justo Juiz. Se você já o conhece e nele crê, então você tem a certeza de que terá também um corpo glorificado e estará na glória celestial para todo o sempre. Pode haver glória maior?

Pensamento do dia: Quer contar vantagem? Fale da grandeza de Deus.

(“Pão Diário”, vol. 6, Ed. RTM, meditação de 08 de julho)